São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2008

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Pessoas físicas demonstram ter sangue-frio

DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor pessoa física tem demonstrado sangue-frio neste momento de fortes perdas registradas na Bolsa de Valores de São Paulo, que acumula desvalorização de 11% apenas neste mês.
O balanço de operações da Bolsa paulista mostra que o investidor pessoa física tem mantido e mesmo ampliado sua posição no mercado acionário neste momento de perdas consideráveis.
O saldo das operações feitas por essa categoria de investidores está positivo em R$ 3,73 bilhões no mês, até o dia 18. Ou seja, a pessoa física mais comprou do que vendeu ações neste período crítico vivido pelo mercado.
Já o investidor estrangeiro tem agido em sentido contrário, influenciando a queda da Bovespa. A categoria mais vendeu do que comprou ações no valor de R$ 6,39 bilhões no período. Como a categoria responde por aproximadamente 35% do total movimentado na Bovespa, a saída de capital externo acaba por ser um fator que prejudica consideravelmente o desempenho do mercado acionário doméstico.
O investidor institucional (como fundos de pensão), outra categoria de forte peso nas negociações da Bolsa, registra saldo positivo de R$ 2,28 bilhões em suas operações neste mês.
Com a Bolsa atravessando um momento ruim de um lado, e os juros em processo de elevação do outro, é difícil prever até quando a pessoa física irá manter suas aplicações em ações.
No ano, o índice Ibovespa, o mais relevante da Bolsa e que reúne as 66 ações mais negociadas, está com valorização de apenas 1,14%.
Os fundos de renda fixa e os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) registram rentabilidade média superior a 5% em 2008. A poupança rendeu até o momento 2,99% a seus aplicadores.
(FABRICIO VIEIRA)


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