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MERCADO FINANCEIRO
Contrato futuro fecha a 24,29% na BM&F, bem abaixo da taxa Selic, de 26%; dólar sobe 0,14%
Investidores aguardam corte nos juros
DA REPORTAGEM LOCAL
No último dia de negócios antes
do anúncio da decisão do Copom
quanto ao rumo dos juros básicos, as taxas futuras voltaram a
perder força. Ninguém duvida no
mercado que a taxa básica de juros será cortada. A discussão gira
em torno apenas da intensidade
do corte que deve ser anunciado.
Ontem, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato DI (juro interbancário) com
prazo em agosto chegou a ser negociado com taxa de 24%, ou seja,
dois pontos percentuais abaixo da
atual Selic (de 26% anuais). No final do dia, o contrato de agosto fechou com taxa de 24,29%.
Devido à proximidade do anúncio da decisão do Copom (Comitê
de Política Monetária), o número
de negócios com esse contrato de
prazo mais curto subiu consideravelmente. Há uma semana, o DI
de agosto movimentou 5,9 mil
contratos. Ontem foram girados
73,6 mil contratos desse vencimento.
Se o Copom decidir hoje por
um corte entre 1,5 e 2 pontos percentuais na taxa básica, o mercado futuro não será surpreendido.
Nos outros segmentos do mercado financeiro, a reunião do Copom também foi o ponto de principal atenção dos investidores.
O dólar fechou com moderada
alta, de 0,14%, vendido a R$ 2,883.
O mercado de câmbio teve um
volume de operações reduzido. A
expectativa de queda dos juros
básicos da economia motivou algumas compras de dólares, mas o
movimento foi limitado pela previsão de ingresso de recursos externos no país. O Grupo Santander Banespa concluiu ontem uma
operação de captação externa de
US$ 50 milhões em eurobônus.
O desempenho positivo dos títulos da dívida externa brasileira
e, consequentemente, do risco-país tem ajudado a manter o mercado de câmbio calmo.
No mercado internacional, os
C-Bonds subiram 1,12%, fechando em US$ 0,9063. O risco-país
recuou 2,6%, para 710 pontos, o
menor nível em um mês.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, a espera por juros menores
ajudou a fazer o principal índice
(Ibovespa) fechar em alta, de
1,17%. Se a Bovespa registrar alta
de 1,07% hoje, irá superar o pico
do ano (de 13.982 pontos).
As ações preferenciais da Siderúrgica Tubarão lideraram as altas no pregão de ontem, com valorização de 3,9%.
(FABRICIO VIEIRA)
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