UOL


São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Contrato futuro fecha a 24,29% na BM&F, bem abaixo da taxa Selic, de 26%; dólar sobe 0,14%

Investidores aguardam corte nos juros

DA REPORTAGEM LOCAL

No último dia de negócios antes do anúncio da decisão do Copom quanto ao rumo dos juros básicos, as taxas futuras voltaram a perder força. Ninguém duvida no mercado que a taxa básica de juros será cortada. A discussão gira em torno apenas da intensidade do corte que deve ser anunciado.
Ontem, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato DI (juro interbancário) com prazo em agosto chegou a ser negociado com taxa de 24%, ou seja, dois pontos percentuais abaixo da atual Selic (de 26% anuais). No final do dia, o contrato de agosto fechou com taxa de 24,29%.
Devido à proximidade do anúncio da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), o número de negócios com esse contrato de prazo mais curto subiu consideravelmente. Há uma semana, o DI de agosto movimentou 5,9 mil contratos. Ontem foram girados 73,6 mil contratos desse vencimento.
Se o Copom decidir hoje por um corte entre 1,5 e 2 pontos percentuais na taxa básica, o mercado futuro não será surpreendido.
Nos outros segmentos do mercado financeiro, a reunião do Copom também foi o ponto de principal atenção dos investidores.
O dólar fechou com moderada alta, de 0,14%, vendido a R$ 2,883. O mercado de câmbio teve um volume de operações reduzido. A expectativa de queda dos juros básicos da economia motivou algumas compras de dólares, mas o movimento foi limitado pela previsão de ingresso de recursos externos no país. O Grupo Santander Banespa concluiu ontem uma operação de captação externa de US$ 50 milhões em eurobônus.
O desempenho positivo dos títulos da dívida externa brasileira e, consequentemente, do risco-país tem ajudado a manter o mercado de câmbio calmo.
No mercado internacional, os C-Bonds subiram 1,12%, fechando em US$ 0,9063. O risco-país recuou 2,6%, para 710 pontos, o menor nível em um mês.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, a espera por juros menores ajudou a fazer o principal índice (Ibovespa) fechar em alta, de 1,17%. Se a Bovespa registrar alta de 1,07% hoje, irá superar o pico do ano (de 13.982 pontos).
As ações preferenciais da Siderúrgica Tubarão lideraram as altas no pregão de ontem, com valorização de 3,9%.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Preços: IGP-10 aponta a maior deflação desde 1993
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.