São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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Folha do INSS vai a leilão no dia 5 de agosto

Banco vencedor será o que pagar o maior preço para fazer os pagamentos a aposentados e pensionistas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo marcou para 5 de agosto o leilão da folha de pagamentos do INSS. O banco que pagar o maior preço pelo direito de fazer os pagamentos a aposentados e pensionistas em suas agências será o vencedor.
O edital publicado ontem pelo INSS estabelece que os aposentados terão direito de receber o benefício no banco de sua preferência, desde que a instituição esteja entre as que participaram da licitação. Além disso, terão direto a extratos, a um DOC mensal sem a cobrança de tarifas, além de extrato para o Imposto de Renda, entre outros serviços básicos.
Até 2007, a Previdência pagava R$ 250 milhões para que as instituições fizessem o pagamento dos benefícios. A partir de agora, quer receber pela potencial base de novos clientes a que os bancos têm acesso quando operam com o INSS.
O governo colocou à venda o direito de pagamento dos benefícios concedidos nos próximos cinco anos. Hoje, são cerca de 377 mil novos benefícios por mês. Quem vencer terá de prestar o serviço por 20 anos.
A licitação foi dividida em 26 lotes. Um deles, por exemplo, é composto apenas pela cidade de São Paulo. Outro inclui Osasco e cidades da região do ABC, como São Bernardo do Campo. Os municípios de difícil acesso farão parte da venda.
O problema é que os bancos, principalmente os privados, resistem à ideia de pagar ao governo para prestar o serviço ao INSS. Argumentam que os potenciais clientes têm renda baixa e não terão interesse em consumir outros produtos bancários como alega o governo.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz oficialmente que encaminhou o edital às instituições financeiras para que cada uma tome a decisão de participar ou não.
A resistência das instituições privadas já fez o governo ameaçar colocar a Caixa e o Banco do Brasil à frente da licitação para evitar o fracasso e, ao mesmo tempo, forçar a participação dos bancos privados.


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