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INDÚSTRIA
Para Embraer, retomada da aviação virá só a partir de 2011
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O diretor-presidente da
Embraer, Frederico Curado,
disse ontem durante as comemorações de 40 anos da
empresa que o mercado de
aviação só deverá voltar a
crescer a partir de 2011, com
a recuperação da economia
mundial. Até lá, segundo Curado, não há perspectivas de
recontratar os funcionários
demitidos no início do ano.
Em fevereiro, a Embraer
demitiu 4.200 trabalhadores, reduzindo para 17 mil
seu quadro de empregados
após registrar uma série de
cancelamentos e adiamentos
nas encomendas de aviões.
"Sem a retomada forte do
crescimento, não teremos
contratações", disse.
Para Curado, a empresa
está agora numa fase de estabilidade, mantendo os investimentos no desenvolvimento de novas aeronaves -como o Phenon 300 e o Legacy
450 e 500.
Mas o executivo afirmou
que não estão ocorrendo
vendas novas.
Curado declarou que a empresa deve manter a fábrica
instalada na China, apesar de
a unidade ter contratos apenas até 2011 e de o mercado
aeronáutico estar neste momento com baixa demanda.
Para o dirigente, o avião
ERJ-145, fabricado na China,
não está obsoleto. Ele estima
também que novas vendas
devam ocorrer além de 2011.
"É um privilégio ter encomendas até 2011."
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