UOL


São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Em dia de pregão morno, destaque da Bolsa voltou a ser ações da Net, que tiveram alta de 11,6%

Bovespa acompanha exterior e cai 2,17%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo não teve forças para se descolar do mercado internacional. O resultado foi uma queda de 2,17% registrada pela Bovespa ontem.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou com perdas de 1,13%. A Nasdaq -Bolsa eletrônica das empresas de alta tecnologia- caiu 1,63%. No Japão, a Bolsa de Tóquio fechou com desvalorização de 4,24%.
Apesar de o volume total negociado na Bolsa ter ficado em R$ 1,58 bilhão, o giro foi inflado por um leilão de permuta de ações do Unibanco, que movimentou R$ 775,3 milhões.
Apenas as ações preferenciais da Net seguiram com ânimo para registrar um alta importante: o papel da empresa disparou 11,6%. Analistas apontam a expectativa de uma solução para as dívidas da companhia como impulsionadora dos papéis da Net.
O dia de baixa não tirou a expressiva rentabilidade dada a quem apostou no mercado acionário local.
No mês, o Ibovespa (principal índice da Bolsa, que acompanha as 54 ações de maior liquidez) tem alta acumulada de 8,6%. No ano, o ganho é de 46,2%.
Os investidores embolsaram no pregão de ontem parte do lucro acumulado pelas ações do setor de energia elétrica. Das cinco maiores perdas do dia, três foram de papéis do setor.
As ações preferencias da Cesp perderam 5,1%. O papel preferencial "B" da Eletrobras também caiu 5,1% e o preferencial da Transmissão Paulista registrou perda de 4,7%.

Calmaria no câmbio
Mais um vez, o dólar teve um dia comportado. A moeda norte-americana fechou as operações estável, vendida a R$ 2,903.
Nos próximos dias, o dólar pode voltar a ter uma maior movimentação. O Banco Central vai realizar, pela primeira vez, a rolagem de sua dívida cambial com as novas regras. A partir de agora, haverá apenas um leilão para renovar a dívida, e não mais dois. O próximo vencimento da dívida cambial, um lote de US$ 2,3 bilhões, é no dia 1º de outubro.
Com essa medida, o percentual de renovação da dívida cambial poderá ser ainda mais reduzido, o que tira títulos utilizados como hedge (proteção) do mercado e pode pressionar o câmbio.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Previsão: Mercado reduz projeção do PIB para 0,83%
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.