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MERCADO FINANCEIRO
Em dia de pregão morno, destaque da Bolsa voltou a ser ações da Net, que tiveram alta de 11,6%
Bovespa acompanha exterior e cai 2,17%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
não teve forças para se descolar
do mercado internacional. O resultado foi uma queda de 2,17%
registrada pela Bovespa ontem.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou com perdas de 1,13%.
A Nasdaq -Bolsa eletrônica das
empresas de alta tecnologia-
caiu 1,63%. No Japão, a Bolsa de
Tóquio fechou com desvalorização de 4,24%.
Apesar de o volume total negociado na Bolsa ter ficado em
R$ 1,58 bilhão, o giro foi inflado
por um leilão de permuta de
ações do Unibanco, que movimentou R$ 775,3 milhões.
Apenas as ações preferenciais
da Net seguiram com ânimo para
registrar um alta importante: o
papel da empresa disparou 11,6%.
Analistas apontam a expectativa
de uma solução para as dívidas da
companhia como impulsionadora dos papéis da Net.
O dia de baixa não tirou a expressiva rentabilidade dada a
quem apostou no mercado acionário local.
No mês, o Ibovespa (principal
índice da Bolsa, que acompanha
as 54 ações de maior liquidez) tem
alta acumulada de 8,6%. No ano,
o ganho é de 46,2%.
Os investidores embolsaram no
pregão de ontem parte do lucro
acumulado pelas ações do setor
de energia elétrica. Das cinco
maiores perdas do dia, três foram
de papéis do setor.
As ações preferencias da Cesp
perderam 5,1%. O papel preferencial "B" da Eletrobras também
caiu 5,1% e o preferencial da
Transmissão Paulista registrou
perda de 4,7%.
Calmaria no câmbio
Mais um vez, o dólar teve um
dia comportado. A moeda norte-americana fechou as operações
estável, vendida a R$ 2,903.
Nos próximos dias, o dólar pode voltar a ter uma maior movimentação. O Banco Central vai
realizar, pela primeira vez, a rolagem de sua dívida cambial com as
novas regras. A partir de agora,
haverá apenas um leilão para renovar a dívida, e não mais dois. O
próximo vencimento da dívida
cambial, um lote de US$ 2,3 bilhões, é no dia 1º de outubro.
Com essa medida, o percentual
de renovação da dívida cambial
poderá ser ainda mais reduzido, o
que tira títulos utilizados como
hedge (proteção) do mercado e
pode pressionar o câmbio.
(FABRICIO VIEIRA)
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