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Rolagem de dívida em países emergentes ficará mais difícil
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O acúmulo de títulos de dívidas em países emergentes que
precisam ser refinanciados ao
longo do próximo ano já é visto
como motivo de preocupação.
Por conta das restrições na
obtenção de recursos no mercado, bancos e empresas de nações em desenvolvimento devem ter dificuldades para rolar
débitos de US$ 111 bilhões, de
acordo com o ING Wholesale.
Brasil e Chile, porém, são
países vistos em melhor situação, porque ainda se beneficiam dos altos preços das commodities e possuem economias
mais resistentes.
"Muitas companhias e bancos nos mercados emergentes
estão altamente endividados",
afirma David Spegel, diretor da
área de mercados emergentes
do ING Wholesale. "O acesso
ao mercado de títulos de dívidas está muito mais difícil agora, e pode ficar ainda pior, o que
significa que poderá haver falências", acrescenta.
Dos US$ 111 bilhões em títulos que irão vencer antes do fim
de 2009, US$ 24 bilhões estão
nas mãos de grupos com pior
avaliação de risco e sem chances de levantar capital em um
mercado já avesso a riscos.
A emissão de títulos caiu
continuadamente neste ano.
Neste mês, apenas US$ 330 milhões foram lançados no mercado, contra US$ 10 bilhões em
julho passado.
Embora tenha havido uma
melhora no humor dos mercados na última sexta, as nações
emergentes acabaram atingidas, com a queda de 14% no índice internacional MSCI desde
o início deste mês.
Bancos na Rússia e no Cazaquistão, que acabaram por acumular maior volume de dívidas
antes da crise, estarão provavelmente entre as primeiras vítimas em um clima em que
mesmo uma instituição como o
Lehman Brothers, que possuía
grau de investimento, acabou
em estado de insolvência.
Com o "Financial Times"
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