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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa sobe mais 2,22%, apesar das quedas nos EUA; giro de R$ 597 mi fica acima da média
Bolsa recupera 11,5% em quatro pregões
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
subiu mais 2,22% ontem, para
9.331 pontos. O volume foi de R$
597,143 milhões, acima da média
dos últimos meses. Em quatro altas seguidas, a Bovespa acumula
valorização de 11,5%.
O mercado doméstico conseguiu manter o fôlego ontem, apesar até das baixas nas Bolsas dos
Estados Unidos -Dow Jones
caiu 1,03%; Nasdaq, 1,29%.
Hoje pode haver algum mau
humor no mercado de ações. Está
prevista a divulgação, pela Bolsa,
do saldo de investimentos estrangeiros até o dia 20 deste mês. Segundo estimativas que circulavam pelo mercado, o resultado
deverá apontar uma saída de recursos superior a R$ 200 milhões.
Nos dez primeiros dias de outubro, no entanto, o saldo estava positivo em R$ 11,6 milhões.
Net PN (antiga Globo Cabo) registrou a maior alta do dia, de
10,7%. As ações de empresas do
setor de telecomunicações subiram forte. A maior baixa foi da
Light ON (-3,5%).
Segundo o gerente da mesa de
operações de renda variável do
BES (Banco Espírito Santo), Marco Melo, os fundos de pensão voltaram, ainda de forma tímida, a
aumentar a exposição de seu patrimônio em ações.
"A movimentação dos fundos
de pensão na Bolsa ainda está
aquém do ideal. Mas o mercado
observa uma volta desses investidores", afirma.
Um dos fatores para esse retorno, segundo Melo, é a expectativa
de que, em um eventual governo
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
os fundos de pensão recebam autorização para aumentar sua exposição no mercado acionário.
No documento "O mercado de
capitais como instrumento de desenvolvimento econômico", o PT
fala em incentivar o desenvolvimento dos fundos de pensão.
BM&F
As projeções para os juros futuros abriram pressionadas ontem.
O nervosismo veio da reação do
mercado à divulgação do IGP-M,
na segunda-feira, após o encerramento dos pregões. Em sua segunda prévia, o índice alcançou
2,81%, maior alta dos anos FHC.
Mas prevaleceu a avaliação de
que o Banco Central manterá os
juros inalterados hoje. Para janeiro de 2003, as taxas passaram de
23,77% para 23,80%.
(ANA PAULA RAGAZZI)
Colaborou Sérgio Ripardo, da Folha Online
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