São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa sobe mais 2,22%, apesar das quedas nos EUA; giro de R$ 597 mi fica acima da média

Bolsa recupera 11,5% em quatro pregões

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo subiu mais 2,22% ontem, para 9.331 pontos. O volume foi de R$ 597,143 milhões, acima da média dos últimos meses. Em quatro altas seguidas, a Bovespa acumula valorização de 11,5%.
O mercado doméstico conseguiu manter o fôlego ontem, apesar até das baixas nas Bolsas dos Estados Unidos -Dow Jones caiu 1,03%; Nasdaq, 1,29%.
Hoje pode haver algum mau humor no mercado de ações. Está prevista a divulgação, pela Bolsa, do saldo de investimentos estrangeiros até o dia 20 deste mês. Segundo estimativas que circulavam pelo mercado, o resultado deverá apontar uma saída de recursos superior a R$ 200 milhões. Nos dez primeiros dias de outubro, no entanto, o saldo estava positivo em R$ 11,6 milhões.
Net PN (antiga Globo Cabo) registrou a maior alta do dia, de 10,7%. As ações de empresas do setor de telecomunicações subiram forte. A maior baixa foi da Light ON (-3,5%).
Segundo o gerente da mesa de operações de renda variável do BES (Banco Espírito Santo), Marco Melo, os fundos de pensão voltaram, ainda de forma tímida, a aumentar a exposição de seu patrimônio em ações.
"A movimentação dos fundos de pensão na Bolsa ainda está aquém do ideal. Mas o mercado observa uma volta desses investidores", afirma.
Um dos fatores para esse retorno, segundo Melo, é a expectativa de que, em um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os fundos de pensão recebam autorização para aumentar sua exposição no mercado acionário.
No documento "O mercado de capitais como instrumento de desenvolvimento econômico", o PT fala em incentivar o desenvolvimento dos fundos de pensão.

BM&F
As projeções para os juros futuros abriram pressionadas ontem. O nervosismo veio da reação do mercado à divulgação do IGP-M, na segunda-feira, após o encerramento dos pregões. Em sua segunda prévia, o índice alcançou 2,81%, maior alta dos anos FHC.
Mas prevaleceu a avaliação de que o Banco Central manterá os juros inalterados hoje. Para janeiro de 2003, as taxas passaram de 23,77% para 23,80%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


Colaborou Sérgio Ripardo, da Folha Online

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