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MERCADO FINANCEIRO
Investidores temem que valorização do barril seja justificativa para BC manter aperto, e taxa futura aumenta
Dólar e juros sobem com alta do petróleo
DA REPORTAGEM LOCAL
O petróleo voltou ao centro das
preocupações do mercado financeiro ontem. Com um novo recorde alcançado pelo produto
(US$ 55,17, em Nova York), o dólar subiu e a Bolsa fechou com
perdas.
As projeções dos juros futuros
também subiram. Como a escalada do petróleo é um dos pontos
que preocupam o Banco Central,
se o movimento prosseguir, a instituição terá uma justificativa a
mais para manter o seu aperto
monetário.
Na reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária) realizada
nesta semana, a taxa básica de juros da economia foi elevada de
16,25% para 16,75% anuais.
O contrato DI (Depósito Interfinanceiro) de maior negociação da
BM&F, com prazo de resgate em
abril de 2005, fechou com taxa de
17,53% contra 17,45% de quinta.
Há uma semana, esse contrato fechou com taxa de 17,19%.
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou o pregão com baixa de
1,40%.
O dólar subiu 0,42%, para R$
2,87. O risco-país também fechou
os negócios de ontem em alta, de
0,82%, e atingiu os 490 pontos.
O destaque na semana de alta da
taxa de juros foram as ações dos
bancos.
O papel preferencial do Bradesco teve a maior alta da semana
(6,38%) entre as que compõem o
Ibovespa. O papel PN do Itaú subiu 4,58%, e o ON do Banco do
Brasil, 1,03% no período.
No acumulado do mês, a ação
do Bradesco tem valorização de
16,12%, seguida pelo papel Banco
do Brasil, com ganho de 12,66%,
segundo a Economática.
Rentabilidade prejudicada
Para quem tem aplicações em
fundos de renda fixa prefixada, a
alta da Selic acima do esperado
não foi uma boa notícia. Alguns
fundos da categoria apresentaram, como era esperado, rentabilidade negativa no dia 21.
Analistas afirmam que o retorno negativo não deve se alongar
por dias nem prejudicar o desempenho final do mês.
"Um evento de grande importância para o mercado na próxima semana será a divulgação da
ata do Copom", afirma Alexandre
Maia, economista-chefe da Gap
Asset Management.
Na quinta-feira, o Banco Central apresentará o documento. A
ata do Copom trará explicações
sobre os motivos para a elevação
da Selic.
(FABRICIO VIEIRA)
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