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Mercado global espera decisão do Fed sobre taxa de juros
Expectativa é que BC dos EUA mantenha índice em 5,25% ao ano; última alta foi em julho
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado global estará
atento à decisão do Fed (o banco central dos EUA) sobre os
juros americanos nesta semana. A expectativa é a de que a taxa continue em 5,25% ao ano
-a última alta foi em julho.
O Fomc (o comitê do Fed que
define os juros do país) vai se
reunir nesta quarta-feira. Qualquer decisão diferente da esperada -que é a manutenção dos
juros- irá ter uma resposta
mais expressiva por parte dos
investidores.
"Na quarta-feira tem reunião
do Fed e há consenso no mercado de que o banco central
americano não deve atuar sobre a taxa de juros daquele
país", avaliam os analistas da
Link Corretora.
Internamente, o evento mais
importante será a divulgação
da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), na
quinta. O documento trará detalhes dos motivos que motivaram os integrantes do Copom
(que é formado por diretores e
o presidente do BC) a decidir
pela redução da taxa básica Selic de 14,25% para 13,75%,
anunciada na quarta passada.
A decisão era amplamente
esperada pelo mercado financeiro. Tanto que a reação dos
mercados nos dias seguintes foi
praticamente nula.
"Não há a menor dúvida de
que a intenção original do Copom já seria por uma desaceleração do corte. É mais do que
normal, em um processo de
afrouxamento monetário, que
a autoridade monetária pare
para observar o cenário em algum momento. A questão é
que, a cada reunião, em intervalos de 45 dias, o BC encontra
um quadro inflacionário mais
favorável e com menos riscos à
frente", avaliou em relatório
para clientes a Modal Asset.
Próximos passos
O Copom agora só irá se reunir ao final de novembro.
Passada a decisão do Copom,
as taxas dos contratos DI (Depósito Interfinanceiro, que espelham as expectativas para os
juros no futuro) recuaram um
pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
O mercado ainda está dividido em relação à próxima reunião do Copom. Há quem espere por uma nova redução de
0,50 ponto percentual e há
aqueles um pouco mais conservadores, que trabalham com
um corte de 0,25 ponto na taxa
básica de juros da economia.
No DI que tem resgate na virada do ano, a taxa recuou na
BM&F, entre quarta e sexta, de
13,58% para 13,49% anuais.
Aquecimento econômico
Com o mercado posicionado
à espera de que o Fed não altere
os juros norte-americanos, as
atenções dos investidores internacionais têm se concentrado nos dados de aquecimento
da maior economia do mundo.
Nesta semana, haverá a divulgação, na quarta-feira, do indicador de venda de imóveis
usados nos EUA. Já na quinta,
serão apresentados os dados de
pedido de seguro-desemprego.
Além disso, na sexta-feira o
governo americano divulga os
números finais do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no
primeiro semestre.
A cada dado divulgado, o
mercado tem oscilado bastante. Na semana passada, os números da inflação ao produtor
norte-americano, que mostrou
um núcleo acima do esperado,
derrubou o mercado.
O núcleo de inflação é calculado descontando as variações
de alimentos e energia do índice. O núcleo registrou uma alta
de 0,6% -os analistas esperavam elevação em torno de
0,2%.
Ao elevar os juros do país, o
Fed buscou deter as pressões
inflacionárias, mas sem comprometer o crescimento econômico americano.
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