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China procura reanimar setor imobiliário
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
O governo chinês decidiu reduzir taxas hipotecárias e impostos cobrados na compra de
imóveis para reanimar o setor
imobiliário, um dos pilares da
economia nacional, em desaceleração desde o início do ano.
O novo pacote anticrise acaba com a cobrança de imposto
de 0,05% do valor da propriedade e de valor agregado da terra e reduz de 30% para 20% a
exigência de depósito inicial
para obtenção de créditos hipotecários para quem comprar o
primeiro imóvel. Os bancos só
poderão cobrar 70% da taxa de
juros padrão nesses créditos.
Os estreantes de casa própria
terão o imposto de transação
imobiliária reduzido de 3% a
5% para 1%, se o imóvel for menor que 90 metros quadrados.
As medidas foram decididas
em reunião de emergência convocada pelo premiê Wen Jiabao e anunciadas na página do
Ministério das Finanças na Internet ontem à noite e passam a
vigorar em 1º de novembro.
O PIB chinês cresceu 9% no
terceiro trimestre deste ano, a
pior marca em 5 anos. O setor
imobiliário representa 10% do
PIB, e tem efeito direto em decoração, compra de carros, eletrodomésticos e máquinas.
Primeiro imóvel
O pacote marca uma mudança de direção em relação ao ano
passado, quando diversas medidas tentaram controlar o inflacionado mercado imobiliário chinês, dificultando hipotecas e aumentando impostos.
Algumas delas incentivam
justamente quem ainda não
tem imóvel próprio e apartamentos menores - o mercado
imobiliário é acusado de priorizar o mercado de luxo e a especulação. No ano passado, o Ministério da Terra e Recursos
criou um imposto contra proprietários de terra para construção que estavam sem construir por mais de um ano.
""O número de unidades vagas cresceu muito", diz o economista Li Wei, do banco Standard Chartered em Xangai. "Os
empreendedores terão mais dificuldade para empréstimos e
para criar novos lançamentos."
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