São Paulo, sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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CSN fará investimento de R$ 11 bilhões em Minas

Empresa deve destinar R$ 6,5 bi para a construção de usina siderúrgica e mais cerca de R$ 4 bi para unidades de mineração

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOVERNADOR VALADARES (MG)

A CSN deve anunciar na próxima semana investimentos de R$ 11 bilhões em Minas Gerais. Apenas na construção de uma siderúrgica, na cidade de Congonhas (90 km de Belo Horizonte), serão aplicados R$ 6,5 bilhões -o projeto pode ficar pronto em três anos.
O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Sérgio Barroso. Cerca de R$ 4 bilhões serão investidos pela CSN nas unidades de mineração que a empresa tem no Estado.
A nova siderúrgica, segundo Barroso, vai produzir aços planos e deverá empregar cerca de 4.000 trabalhadores. O anúncio na próxima semana deve ser feito após reunião do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, com o governador de Minas, Aécio Neves.
Após antecipar a notícia, Barroso disse que esse "não é um tema novo" porque já estava nos planos da CSN, mas havia sido adiado por causa da crise.
Procurada pela Folha, a CSN não quis comentar. Disse apenas que está confirmada a reunião entre Steinbruch e Aécio. Barroso disse que a concessão da licença ambiental para o início das obras da siderúrgica deve ser concluída neste ano.
O presidente Lula vem cobrando de grandes empresas, especialmente da Vale, mais investimentos dentro do país. O governo estadual também vem pedindo que as siderúrgicas "agreguem valor" ao minério extraído em Minas Gerais.
A Vale vai construir uma usina no Pará, Estado também minerador, e planeja mais duas -no Ceará e no Espírito Santo.

Usiminas
Com a retomada da atividade em dois altos-fornos em Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), a Usiminas ampliou em 93% sua produção de aço bruto no terceiro trimestre ante o período anterior. De acordo com o presidente da empresa, Marco Antônio Castello Branco, a recuperação nas vendas, que começou de forma "tímida" no segundo trimestre, agora entrou em ritmo mais consistente, daí a decisão de aumentar a produção. Mas um dos altos-fornos em Ipatinga continua desativado, à espera de sinais mais claros de crescimento da demanda.
"Estamos vendo uma recuperação, mas vai levar algum tempo até alcançarmos os níveis de 2008", disse Castello Branco. A Usiminas prevê fechar o ano com investimentos de R$ 2,3 bilhões.

Com PAULO ARAUJO, colaboração para a Folha



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