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CSN fará investimento de R$ 11 bilhões em Minas
Empresa deve destinar R$ 6,5 bi para a construção de usina siderúrgica e mais cerca de R$ 4 bi para unidades de mineração
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOVERNADOR VALADARES (MG)
A CSN deve anunciar na próxima semana investimentos de
R$ 11 bilhões em Minas Gerais.
Apenas na construção de uma
siderúrgica, na cidade de Congonhas (90 km de Belo Horizonte), serão aplicados R$ 6,5
bilhões -o projeto pode ficar
pronto em três anos.
O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento
Econômico de Minas, Sérgio
Barroso. Cerca de R$ 4 bilhões
serão investidos pela CSN nas
unidades de mineração que a
empresa tem no Estado.
A nova siderúrgica, segundo
Barroso, vai produzir aços planos e deverá empregar cerca de
4.000 trabalhadores.
O anúncio na próxima semana deve ser feito após reunião
do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, com o governador de Minas, Aécio Neves.
Após antecipar a notícia, Barroso disse que esse "não é um
tema novo" porque já estava
nos planos da CSN, mas havia
sido adiado por causa da crise.
Procurada pela Folha, a CSN
não quis comentar. Disse apenas que está confirmada a reunião entre Steinbruch e Aécio.
Barroso disse que a concessão da licença ambiental para o
início das obras da siderúrgica
deve ser concluída neste ano.
O presidente Lula vem cobrando de grandes empresas,
especialmente da Vale, mais investimentos dentro do país. O
governo estadual também vem
pedindo que as siderúrgicas
"agreguem valor" ao minério
extraído em Minas Gerais.
A Vale vai construir uma usina no Pará, Estado também
minerador, e planeja mais duas
-no Ceará e no Espírito Santo.
Usiminas
Com a retomada da atividade
em dois altos-fornos em Ipatinga (MG) e Cubatão (SP), a Usiminas ampliou em 93% sua
produção de aço bruto no terceiro trimestre ante o período
anterior.
De acordo com o presidente
da empresa, Marco Antônio
Castello Branco, a recuperação
nas vendas, que começou de
forma "tímida" no segundo trimestre, agora entrou em ritmo
mais consistente, daí a decisão
de aumentar a produção. Mas
um dos altos-fornos em Ipatinga continua desativado, à espera de sinais mais claros de crescimento da demanda.
"Estamos vendo uma recuperação, mas vai levar algum
tempo até alcançarmos os níveis de 2008", disse Castello
Branco. A Usiminas prevê fechar o ano com investimentos
de R$ 2,3 bilhões.
Com PAULO ARAUJO, colaboração para a Folha
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