São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mulheres e idosos têm mais vagas novas

Criação de postos aumenta 6,6% entre mulheres, 5,2% entre homens e 9,8% para os empregados entre 50 e 64 anos

Já entre jovens desempenho é inferior ou negativo, e ministro admite que governo precisa melhorar ação para essa faixa etária

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento do emprego formal em 2006 favoreceu as mulheres, principalmente aquelas com maior grau de instrução.
Os dados da Rais revelam que, para a força de trabalho feminina, houve aumento de 6,59% no número de postos formais. Para os homens, o crescimento do mercado foi de 5,21%.
Na contratação de profissionais com nível superior completo, as mulheres obtiveram quase o dobro das vagas que os homens. Enquanto a mão-de-obra feminina conquistou 164 mil empregos, os homens ficaram com 73 mil postos.
No critério de escolaridade, o crescimento do mercado ocorreu predominantemente para profissionais com ensino médio completo ou superior incompleto. Para analfabetos ou pessoas com escolaridade até 8ª série incompleta, houve retração do mercado de trabalho.
Em termos relativos, a maior geração de empregos formais ocorreu entre pessoas de 50 a 64 anos, com alta de 9,77%. Para jovens entre 16 e 17 anos, o mercado encolheu 2,07%. Na faixa etária entre 18 e 24 anos, o crescimento foi de 3,08%.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) admitiu que os programas do governo voltados para a juventude precisam avançar. Esclareceu, no entanto, que o foco dessas ações são jovens entre 18 e 24 anos. "Precisamos ampliar o Pro-Jovem. Mas acho que essa queda no emprego até 17 anos é um sinal das ações do governo de combate ao trabalho infantil e da conscientização das famílias de que eles têm de ir para a escola."
Os setores que mais se destacaram na geração de postos foram serviços e indústria da transformação. Em termos relativos, no entanto, foi a construção civil que exibiu maior crescimento, 11,89%.
Também em termos relativos, quando se compara a variação de 2006 com 2005, os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste desbancaram Sul e Sudeste no crescimento do emprego formal.
A Rais também mostra nova tendência do mercado. As empresas com mais de mil empregados foram as que mais contrataram no ano passado, gerando 613 mil novos postos. Tradicionalmente, as pequenas empresas eram as que mais criavam postos de trabalho. "Isso é o resultado do processo de fusões", disse Lupi.


Texto Anterior: Ano eleitoral teve recorde de empregos
Próximo Texto: Desemprego é o menor para outubro desde 2002
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.