|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mulheres e idosos têm mais vagas novas
Criação de postos aumenta 6,6% entre mulheres, 5,2% entre homens e 9,8% para os empregados entre 50 e 64 anos
Já entre jovens desempenho é inferior ou negativo, e ministro admite que governo precisa melhorar ação para essa faixa etária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O aumento do emprego formal em 2006 favoreceu as mulheres, principalmente aquelas
com maior grau de instrução.
Os dados da Rais revelam
que, para a força de trabalho feminina, houve aumento de
6,59% no número de postos
formais. Para os homens, o
crescimento do mercado foi de
5,21%.
Na contratação de profissionais com nível superior completo, as mulheres obtiveram
quase o dobro das vagas que os
homens. Enquanto a mão-de-obra feminina conquistou 164
mil empregos, os homens ficaram com 73 mil postos.
No critério de escolaridade, o
crescimento do mercado ocorreu predominantemente para
profissionais com ensino médio completo ou superior incompleto. Para analfabetos ou
pessoas com escolaridade até
8ª série incompleta, houve retração do mercado de trabalho.
Em termos relativos, a maior
geração de empregos formais
ocorreu entre pessoas de 50 a
64 anos, com alta de 9,77%. Para jovens entre 16 e 17 anos, o
mercado encolheu 2,07%. Na
faixa etária entre 18 e 24 anos, o
crescimento foi de 3,08%.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) admitiu que os programas do governo voltados para a
juventude precisam avançar.
Esclareceu, no entanto, que o
foco dessas ações são jovens
entre 18 e 24 anos. "Precisamos
ampliar o Pro-Jovem. Mas
acho que essa queda no emprego até 17 anos é um sinal das
ações do governo de combate
ao trabalho infantil e da conscientização das famílias de que
eles têm de ir para a escola."
Os setores que mais se destacaram na geração de postos foram serviços e indústria da
transformação. Em termos relativos, no entanto, foi a construção civil que exibiu maior
crescimento, 11,89%.
Também em termos relativos, quando se compara a variação de 2006 com 2005, os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste desbancaram Sul e
Sudeste no crescimento do emprego formal.
A Rais também mostra nova
tendência do mercado. As empresas com mais de mil empregados foram as que mais contrataram no ano passado, gerando 613 mil novos postos.
Tradicionalmente, as pequenas
empresas eram as que mais
criavam postos de trabalho.
"Isso é o resultado do processo
de fusões", disse Lupi.
Texto Anterior: Ano eleitoral teve recorde de empregos Próximo Texto: Desemprego é o menor para outubro desde 2002 Índice
|