São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Juiz aceita denúncia contra 16 no caso Cisco

Acusação é de fraude na importação de produtos

DA REPORTAGEM LOCAL

Por decisão da Justiça, 16 acusados de fraude na importação de produtos que beneficiavam a empresa de informática Cisco se tornaram réus em processo criminal, incluindo Carlos Roberto Carnevali, ex-presidente da empresa no Brasil.
O grupo é acusado de, em nome de preços mais competitivos, montar um complexo esquema de compra e venda de produtos de informática com uso de empresas fantasmas e corrupção de servidores.
A decisão, de anteontem, foi do juiz Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira, da 4ª Vara Federal Criminal em São Paulo, em resposta a denúncia do Ministério Público Federal. Os acusados se tornaram réus em dois processos. No primeiro, Carnevali e outros executivos são acusados de descaminho, via importação fraudulenta, e uso de documentos falsos.
Eles teriam, de acordo com a Procuradoria, feito ao menos 16 importações fraudulentas.
Na segunda denúncia, o Ministério Público acusou o empresário Cid Guardia Filho e o auditor aposentado da Receita Ernani Maciel de cuidarem do desembaraço aduaneiro dos produtos importados. Outros "colaboradores" também foram incluídos na acusação.
Além de Carnevali, Guardia Filho e Maciel, os réus são Moacyr Sampaio, José Pernomian Rodrigues, Hélio Pedreira, Fernando Grecco, Marcelo Ikeda, Marcílio Lemos, Reinaldo Grillo, Gustavo Procópio, Everaldo Silva, Leandro Marques da Silva, Paulo Roberto Moreira, Marcos Zenatti e José Carlos Pires. Estão presos Carnevali, Sampaio, Rodrigues, Pedreira, Grecco e Ikeda.
Segundo Paulo Iasz de Morais, advogado de Pedreira, sócio da Mude (distribuidora da Cisco), seu cliente deve pedir a revogação da prisão antes do interrogatório, alegando que há apenas seis réus presos, apesar de haver acusados que estariam nas mesmas condições.
Para Antonio Ruiz Filho, que defende dois diretores da Mude -Rodrigues e Ikeda-, a decisão "vai dar aos acusados maior oportunidade de defesa".
A Folha procurou o advogado de Carnevali, Luiz Guilherme Porto, mas ele não ligou de volta. Em nota, a Cisco afirmou que Carnevali foi desligado da empresa.


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