São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

OFERTA INSUFICIENTE
O consumo de café cresce a cada ano pela maior renda dos consumidores, a entrada do produto em novos mercados e o maior consumo em países produtores. Nesse ritmo de crescimento, a oferta de café poderá ficar abaixo do consumo em breve.

PREÇOS ELEVADOS
Com esse cenário, os preços do café devem subir nos próximos anos. A avaliação é de Ernesto Illy, da Illycaffè, uma das grandes compradoras de café no mundo. Para Illy, dois motivos podem prejudicar a produção de café: cana e clima.

CANA E CLIMA
A cana-de-açúcar é um dos fatores de queda na produção de café porque está ocupando áreas cafeeiras tradicionais, principalmente no Brasil. Já o clima, se nada for feito, deverá inviabilizar muitas áreas de produção de café.

HIPER ESPERA
A Illycaffè, que deve faturar 280 milhões neste ano, manterá, por ora, apenas na Europa o hiperexpresso -uma revolução nos novos padrões de café. Fica na Europa, também, o licor de café, enquanto o Illyfreddo -possível nome para a bebida que a Illy fará em conjunto com a Coca-Cola- vai ao mercado no próximo ano.

MISSÃO EUROPÉIA
Pedro de Camargo Neto, ex-secretário da Produção e Comercialização do Mapa, diz que os pedidos da missão da UE apenas fortalecem o sistema original de defesa proposto, dificultando fraudes. "Não tem como ficar contra novas medidas que dificultam fraudes."

GADO VALORIZADO
Camargo diz que o gado das regiões habilitadas para exportar para a UE deve ser valorizado em relação ao de áreas não-habilitadas. São Paulo perde. Quanto ao Sisbov, permanece "a maluquice de cada bovino com um brinco e um papel com identificações; afinal, isso foi oferecido pelo Brasil há cinco anos, embora não adequadamente cumprido até hoje."

ESCALADA
A arroba de boi gordo atingiu R$ 76,50 ontem no Estado de São Paulo, conforme pesquisa do Instituto FNP. A Scot Consultoria também registra a aceleração dos preços.

EM BAIXA
Enquanto o feijão sobe -e a saca já esta em até R$ 210 na roça em SP-, o arroz cai e recua para até R$ 21,50 no Sul.

FEIJÃO PROTEGIDO
O Instituto Agronômico de Campinas tem novidades na área do feijão. O produtor terá uma espécie resistente à antracnose e tolerante à mancha angular, o que reduzirá os custos de produção em 15%. Já o consumidor terá um produto com maior teor de proteínas.


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