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Risco Brasil cai 1,5% e vai a 198 pontos
Índice está em patamar mais baixo da história; otimismo leva papéis de quase todos os emergentes a se valorizarem
Mesmo turbulências desta semana na Tailândia não contaminaram negócios com papéis de outros países em desenvolvimento
DA REPORTAGEM LOCAL
O risco Brasil fechou ontem
em 198 pontos, novo recorde de
baixa. O indicador, medido pelo
banco americano JP Morgan,
mostra a diferença entre os juros pagos por títulos do governo brasileiro e os do governo
norte-americano. Ontem, o risco brasileiro caiu cerca de 1,5%.
Os papéis do Brasil estão se
valorizando na onda dos demais países emergentes. Ontem, o índice Embi+, também
do JP Morgan e que mede o risco de uma cesta de papéis de
países emergentes, Brasil incluso, também caiu, fechando
em 172 pontos, menor nível já
registrado.
Nem a turbulência na Tailândia -que enfrentou fuga de capitais da Bolsa após o governo
anunciar nesta semana a adoção de controle de capitais-
minou o otimismo dos investidores em relação aos papéis de
países emergentes. O governo
voltou atrás, suspendendo o
controle no caso de investimentos em Bolsa, mas o cenário relativamente conturbado
do país não contaminou os papéis de outros emergentes, que
logo se descolaram dos títulos e
ativos tailandeses.
O risco é uma medida indireta da confiança dos investidores em relação ao países, mas
reflete também a imensa liquidez no mercado internacional
de capitais.
Assim, em parte, a valorização de títulos públicos dos países emergentes reflete a melhora das condições macroeconômicas desses países, que exportam mais e cujas contas públicas estão mais em ordem.
Mas parte da alta é também
explicada pela grande quantidade de dólares no mercado
global, o que faz com que investidores procurem cada vez
mais opções rentáveis, ainda
que mais arriscadas, de investimentos, caso dos papéis dos
emergentes.
A queda é positiva para os
países porque mostra uma melhora nas condições de financiamento. Caso o governo brasileiro decida emitir títulos e
colocá-los no mercado internacional, a queda do risco significa que ele poderá fazê-lo a taxas
menores do que no passado.
A queda também beneficia as
empresas. Para grande parte
delas, o risco-país associado ao
território em que elas operam é
uma espécie de piso para as
operações de financiamento
externo.
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