|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMÉRCIO EXTERIOR
"Super-Apex" vai divulgar produtos brasileiros e terá autonomia
Governo cria agência para exportação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, tomou
a primeira medida concreta para
tentar impulsionar as exportações. Ontem, o governo decidiu
criar o que está sendo chamado de "super-Apex" (Agência de
Promoção de Exportações). A agência será supervisionada e
orientada pelo Desenvolvimento.
O objetivo da instituição será divulgar produtos brasileiros no exterior e apoiar as vendas externas
de empresas de pequeno porte, a
fim de aumentar as exportações
brasileiras.
A nova agência se chamará
Apex-Brasil e substitui a atual
Apex, que é vinculada ao Sebrae.
A nova agência terá mais flexibilidade de captar recursos da iniciativa privada e estará mais próxima ao Desenvolvimento do que a
antiga.
Quando Furlan assumiu a sua
pasta, disse que pretendia criar
uma espécie de secretaria para a
promoção comercial. A Apex-Brasil foi a solução encontrada
pelo ministro para incentivar as
exportações, sem criar uma nova
secretaria dentro do ministério.
A vantagem da agência sobre a
secretaria é a autonomia para
captar dinheiro e fazer convênios
com empresas privadas. A Apex-Brasil é uma entidade privada
sem fins lucrativos, o mesmo regime usado para a criação de uma
ONG (Organização Não-Governamental).
"O motivo de transformar essa
unidade administrativa do Sebrae
[Apex" em um serviço social autônomo e independente [Apex-Brasil" dá-se em virtude da magnitude que essa atividade ganhou
na economia globalizada", afirma
a exposição de motivos para a
criação da agência.
Orçamento
O presidente da agência, escolhido por Furlan, será o empresário Juan Quirós. A Apex-Brasil receberá 15% dos tributos arrecadados e repassados para o Sebrae.
Segundo o Desenvolvimento, o
atual orçamento da Apex é de R$
198 milhões. A agência poderá receber recursos do Orçamento.
Segundo nota divulgada pelo
Desenvolvimento, a possibilidade
de o Tesouro colocar recursos na
agência "potencializará as ações
de promoção comercial".
Previsão
Ontem, a CNI (Confederação
Nacional da Indústria) divulgou
relatório no qual prevê um aumento de 8,5% nas exportações
brasileiras neste ano. A CNI estima que o país venderá US$ 65,5
bilhões.
As importações, de acordo com
a CNI, alcançarão US$ 50 bilhões,
5,8% a mais que no ano passado.
O saldo comercial será de 15,5 bilhões.
Texto Anterior: Empresários abrem filiais na Europa Próximo Texto: Leão guloso: IR "congelado" pune salários menores Índice
|