UOL


São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMÉRCIO EXTERIOR

"Super-Apex" vai divulgar produtos brasileiros e terá autonomia

Governo cria agência para exportação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, tomou a primeira medida concreta para tentar impulsionar as exportações. Ontem, o governo decidiu criar o que está sendo chamado de "super-Apex" (Agência de Promoção de Exportações). A agência será supervisionada e orientada pelo Desenvolvimento.
O objetivo da instituição será divulgar produtos brasileiros no exterior e apoiar as vendas externas de empresas de pequeno porte, a fim de aumentar as exportações brasileiras.
A nova agência se chamará Apex-Brasil e substitui a atual Apex, que é vinculada ao Sebrae. A nova agência terá mais flexibilidade de captar recursos da iniciativa privada e estará mais próxima ao Desenvolvimento do que a antiga.
Quando Furlan assumiu a sua pasta, disse que pretendia criar uma espécie de secretaria para a promoção comercial. A Apex-Brasil foi a solução encontrada pelo ministro para incentivar as exportações, sem criar uma nova secretaria dentro do ministério.
A vantagem da agência sobre a secretaria é a autonomia para captar dinheiro e fazer convênios com empresas privadas. A Apex-Brasil é uma entidade privada sem fins lucrativos, o mesmo regime usado para a criação de uma ONG (Organização Não-Governamental).
"O motivo de transformar essa unidade administrativa do Sebrae [Apex" em um serviço social autônomo e independente [Apex-Brasil" dá-se em virtude da magnitude que essa atividade ganhou na economia globalizada", afirma a exposição de motivos para a criação da agência.

Orçamento
O presidente da agência, escolhido por Furlan, será o empresário Juan Quirós. A Apex-Brasil receberá 15% dos tributos arrecadados e repassados para o Sebrae. Segundo o Desenvolvimento, o atual orçamento da Apex é de R$ 198 milhões. A agência poderá receber recursos do Orçamento.
Segundo nota divulgada pelo Desenvolvimento, a possibilidade de o Tesouro colocar recursos na agência "potencializará as ações de promoção comercial".

Previsão
Ontem, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou relatório no qual prevê um aumento de 8,5% nas exportações brasileiras neste ano. A CNI estima que o país venderá US$ 65,5 bilhões.
As importações, de acordo com a CNI, alcançarão US$ 50 bilhões, 5,8% a mais que no ano passado. O saldo comercial será de 15,5 bilhões.


Texto Anterior: Empresários abrem filiais na Europa
Próximo Texto: Leão guloso: IR "congelado" pune salários menores
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.