|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Partidos querem "aperfeiçoar" as regras de reajuste
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Líderes de partidos do governo e da oposição consideraram "positiva", mas "insuficiente", a proposta de controle da expansão da despesa
com pessoal da União, prevista no PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
A proposta, a ser implementada a partir deste ano,
prevê "a limitação do crescimento da folha de pessoal
(inclusive inativos) à taxa da
inflação, acrescida de um índice real de 1,5% ao ano".
O objetivo é reduzir despesas de pessoal em relação ao
PIB (Produto Interno Bruto)
a partir de 2008. Nos últimos
quatro anos, o governo Lula
promoveu aumentos progressivos. Em 2006, as taxas
ficaram acima da inflação.
O líder do PFL no Senado,
José Agripino Maia (RN),
criticou a falta de fontes claras de recursos para a execução de projetos. "É reedição
fantasmagórica sobre o tal
espetáculo do crescimento."
Mas o senador gostou da
proposta sobre a limitação
dos gastos com pessoal. "É
um dos poucos pontos positivos, mas é preciso aperfeiçoar e melhorá-la", afirmou.
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), aprovou a idéia, mas
disse ter dúvidas sobre sua
eficiência. "Salvo algum erro
de avaliação, só isso [a limitação dos gastos com a folha]
não resolve o problema."
Segundo o tucano, no governo Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002), houve
aumentos diferenciados para cada categoria de servidores. "Foram feitos estudos
caso a caso sobre setores que
precisam de melhores reposições que outras", disse. Na
opinião de Pannunzio, o "erro do governo atual é fazer
uma proposta linear [igual]
para todos os setores."
Entre governistas, a proposta de redução de gastos
com pessoal prevista pelo
PAC também agradou, mas,
como defenderam Agripino e
Pannunzio, a visão é que a
iniciativa não será suficiente.
"Os servidores tiveram aumentos progressivos diferenciados, por isso é importante buscarmos um equilíbrio", disse o deputado Miro
Teixeira (RJ), líder do PDT,
partido que deverá integrar a
base do governo na Câmara.
Histórico defensor dos
servidores, Teixeira disse, no
entanto, ser necessária a implementação de medidas para melhorar a prestação de
serviços "Os servidores têm
de ganhar bem, mas precisam trabalhar com eficiência", afirmou.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Banco elogia plano e diz que Brasil "se vê muito diferente" Índice
|