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SAIBA MAIS
Operação com "bradies" chegou a US$ 43 bilhões
DA REPORTAGEM LOCAL
Nicholas Brady era secretário do Tesouro dos EUA
quando sugeriu um plano
para tentar tirar mais de 30
países em desenvolvimento
das moratórias em que entraram nos anos 1980.
O que depois convencionou-se chamar de "a década
perdida" começou em 1982,
quando o México anunciou
a primeira moratória da década. Seguiram-se mais de
30 calotes, entre eles o brasileiro, em 1987.
Os países se endividavam
de forma diferente nos anos
1970 e 1980. O principal instrumento de dívida eram
empréstimos sindicalizados.
Um grupo de bancos, liderados por uma instituição, emprestava os recursos. Assim,
um calote generalizado colocava em risco todo o sistema
financeiro internacional, já
que poderia quebrar os bancos, numa reação em cadeia.
Uma solução para a crise
da dívida só seria encontrada em 1989, quando Brady
apresentou um plano de
reestruturação que previa
desconto no valor das dívidas e sua substituição por títulos emitidos pelos países
devedores -processo conhecido como securitização.
O Brasil iniciou as negociações com os credores apenas
no final de 1990. Os "bradies" brasileiros seriam emitidos em 1994, numa operação de aproximadamente
US$ 43 bilhões. Durante
quase toda a década de 1990,
os "bradies" representavam
grande parte das negociações de papéis no mercado
de dívida emergente. Hoje,
mostra relatório da EMTA,
associação que reúne instituições que atuam no mercado emergente, representam só 2% dos negócios,
contra mais de 40% em 1997.
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