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Embraer tem lucro menor, mas pedidos aumentam
Resultado líquido em 2006 é de R$ 621,7 mi, 12% menor que o do ano anterior
Empresa diz que entregou 130 jatos, 15 a menos que o programado; motivo teria sido atraso de fornecedores na entrega das peças
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Embraer, terceira maior
fabricante de jatos comerciais
do mundo, registrou em 2006
lucro líqüido de R$ 621,7 milhões, resultado 12,3% menor
do que o verificado em 2005
(R$ 708,9 milhões).
A carteira de pedidos da empresa, entretanto, fechou o ano
passado com valor recorde de
US$ 14,8 bilhões.
Os números foram divulgados pela Embraer no final da
noite de anteontem. Também
foi informado o resultado da
empresa no último trimestre
do ano passado. Entre outubro
e dezembro de 2006, a fabricante registrou lucro líqüido de
R$ 215,6 milhões, ante os R$
205,2 milhões verificados no
mesmo período de 2005.
Entre as justificativas apontadas pela Embraer para o resultado de 2006, está o número
de entregas menor do que o
previsto para o ano. Foram entregues 130 unidades, 15 a menos do que o programado. No
ano anterior, a empresa havia
feito 141 entregas.
A revisão no número de entregas, aponta o documento, foi
causada por "dificuldades verificadas no aumento da cadência de produção" dos modelos
190 e 195 e pelo atraso na entrega de peças por parte de fornecedores. Para 2007, a empresa
prevê a entrega de 165 a 170 aeronaves.
Na aviação comercial, a Embraer registrou, em 2006, 225
novos pedidos firmes -confirmados. Na área comercial, a
empresa informou que fechou
o ano com mais de 350 unidades vendidas só da família Phenom, que inclui modelos 100 e
300, respectivamente de seis e
nove assentos.
Ao final de 2006, a carteira de
pedidos da Embraer atingiu
US$ 14,8 bilhões, valor 11,3%
superior ao trimestre anterior.
Apenas a família de jatos comerciais 170/190 acumula um
total de 619 pedidos firmes e
outras 568 opções de compra
-pré-contrato em que o comprador pode voltar atrás.
No início do ano passado, o
presidente-executivo da Embraer, Maurício Botelho, anunciou sua saída da direção da
empresa. Deve assumir o cargo
dele o atual vice-presidente para o mercado de aviação executiva, Frederico Fleury Curado.
A transição deve ocorrer até o
mês que vem.
No ano passado, os acionistas
da Embraer aprovaram a pulverização do controle acionário
da empresa, medida que permitiu a sua entrada no Novo Mercado da Bolsa de São Paulo
-segmento que lista papéis de
empresas comprometidas com
maior transparência e governança corporativa.
A empresa também lançou,
em maio passado, o Lineage
1000, seu quarto modelo da linha de aviões executivos. Com
capacidade para até 18 ocupantes, o Lineage 1000 é derivado
do 190, o maior jato comercial
fabricando pela empresa.
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