São Paulo, sábado, 24 de março de 2007

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Embraer tem lucro menor, mas pedidos aumentam

Resultado líquido em 2006 é de R$ 621,7 mi, 12% menor que o do ano anterior

Empresa diz que entregou 130 jatos, 15 a menos que o programado; motivo teria sido atraso de fornecedores na entrega das peças


FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A Embraer, terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, registrou em 2006 lucro líqüido de R$ 621,7 milhões, resultado 12,3% menor do que o verificado em 2005 (R$ 708,9 milhões).
A carteira de pedidos da empresa, entretanto, fechou o ano passado com valor recorde de US$ 14,8 bilhões.
Os números foram divulgados pela Embraer no final da noite de anteontem. Também foi informado o resultado da empresa no último trimestre do ano passado. Entre outubro e dezembro de 2006, a fabricante registrou lucro líqüido de R$ 215,6 milhões, ante os R$ 205,2 milhões verificados no mesmo período de 2005.
Entre as justificativas apontadas pela Embraer para o resultado de 2006, está o número de entregas menor do que o previsto para o ano. Foram entregues 130 unidades, 15 a menos do que o programado. No ano anterior, a empresa havia feito 141 entregas.
A revisão no número de entregas, aponta o documento, foi causada por "dificuldades verificadas no aumento da cadência de produção" dos modelos 190 e 195 e pelo atraso na entrega de peças por parte de fornecedores. Para 2007, a empresa prevê a entrega de 165 a 170 aeronaves.
Na aviação comercial, a Embraer registrou, em 2006, 225 novos pedidos firmes -confirmados. Na área comercial, a empresa informou que fechou o ano com mais de 350 unidades vendidas só da família Phenom, que inclui modelos 100 e 300, respectivamente de seis e nove assentos.
Ao final de 2006, a carteira de pedidos da Embraer atingiu US$ 14,8 bilhões, valor 11,3% superior ao trimestre anterior. Apenas a família de jatos comerciais 170/190 acumula um total de 619 pedidos firmes e outras 568 opções de compra -pré-contrato em que o comprador pode voltar atrás.
No início do ano passado, o presidente-executivo da Embraer, Maurício Botelho, anunciou sua saída da direção da empresa. Deve assumir o cargo dele o atual vice-presidente para o mercado de aviação executiva, Frederico Fleury Curado. A transição deve ocorrer até o mês que vem.
No ano passado, os acionistas da Embraer aprovaram a pulverização do controle acionário da empresa, medida que permitiu a sua entrada no Novo Mercado da Bolsa de São Paulo -segmento que lista papéis de empresas comprometidas com maior transparência e governança corporativa.
A empresa também lançou, em maio passado, o Lineage 1000, seu quarto modelo da linha de aviões executivos. Com capacidade para até 18 ocupantes, o Lineage 1000 é derivado do 190, o maior jato comercial fabricando pela empresa.


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