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COMBUSTÍVEL
Cotação do barril em Londres aumenta 16% após acordo de países exportadores para cortar a produção
Ação de cartel força a alta do petróleo
das agências internacionais
A cotação do pretróleo disparou
no mercado internacional ontem,
enquanto mais países exportadores aderiam ao acordo, firmado na
véspera, de cortar a produção a
partir de abril.
O preço do petróleo Brent -a
principal referência do mercado
mundial- registrou salto de 16%.
O barril subiu US$ 2 na média e
fechou a US$ 15,34 em Londres.
Em Nova York, a alta foi ainda
mais expressiva. O petróleo West
Texas -outra referência internacional- teve alta superior a 20%,
e chegou a US$ 16,68.
Foi a maior alta em um único dia
dos últimos sete anos.
O objetivo dos países produtores
ao anunciar o corte da produção,
numa ação típica de cartel, é conter a queda do preço do produto,
que havia alcançado o nível mais
baixo em nove anos.
Em cinco meses, o preço do barril de petróleo havia registrado
queda de mais de 35%. Na última
semana, o barril caíra para cerca
de US$ 12. Há um ano, o petróleo
estava cotado a US$ 22.
Acordo de exportadores
Nove países já anunciaram o
corte da produção, entre eles Arábia Saudita, Venezuela e México.
O acordo reúne tanto países-membros quanto os não integrantes da Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo).
Alguns desses países vinham relutando em aceitar a redução de sua
produção.
A redução deverá chegar a 2 milhões de barris diários. A produção mundial hoje é de 73 milhões
de barris diários.
Entre os fatores que contribuíam para a recente queda do
preço do barril estava o aumento
da oferta -desde novembro, a
Opep aumentara sua produção
em 10%-, o desaquecimento da
economia nos países asiáticos e o
inverno menos rigoroso no Hemisfério Norte.
De acordo com analistas, o aumento do preço do petróleo deve
ter influência nas negociações na
Bolsa de Nova York devido ao receio de investidores de que os custos do combustível possam acelerar a inflação e prejudicar ganhos
das empresas.
Os membros da Opep já haviam
programado um encontro no próximo dia 30, em Viena (Áustria),
para discutir o acordo sobre a redução da produção.
A última vez em que a Opep reduziu sua produção foi em fevereiro de 1993, quando anunciou
corte de 1 milhão de barris ao dia.
Os preços também caíram 27%
naquele ano.
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