UOL


São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENERGIA

Consumidores vão pagar a conta, mas taxa ainda não está definida

Gasto com o seguro antiapagão sobe 278,8%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O gasto com o seguro anti-racionamento vai aumentar 278,79% em 2003, em relação ao que foi gasto ano passado. Em 2002, a CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial, estatal responsável pelo seguro) repassou às termelétricas R$ 660 milhões. Neste ano, a previsão é de gastos de até R$ 2,5 bilhões.
Esse aumento, de acordo com o presidente da CBEE, Ivaldo Frota, significará reajuste no seguro, que é pago pelos consumidores de energia elétrica desde março do ano passado. "Este ano terá que haver reajuste, necessariamente", disse.
Frota explicou que o reajuste terá de ocorrer devido ao aumento dos gastos e porque a CBEE não está arrecadando o suficiente dos consumidores. Atualmente, são arrecadados aproximadamente R$ 110 milhões mensais e repassados às usinas R$ 190 milhões. Ou seja, há déficit mensal de R$ 80 milhões.
O déficit na arrecadação vem sendo compensado com o lucro que a empresa teve em 2002. Esse lucro aconteceu porque algumas usinas demoraram a se ligar ao sistema elétrico e por isso não receberam o valor do aluguel, que estava sendo pago pelos consumidores.
O seguro é cobrado desde março do ano passado e já foi reajustado em 16,3% em junho de 2002. O valor atual é de R$ 0,0057 por kWh consumido em um mês. Ou seja, em uma residência na qual se gaste 500 kWh em um mês, R$ 2,85 (cálculo sem impostos) servem para pagar o seguro. A cobrança vem na conta de luz no item "encargo de capacidade de geração".
Com o dinheiro arrecadado, o governo paga o aluguel de 54 usinas termelétricas com capacidade de gerar aproximadamente 1.900 MW em caso de risco de falta de energia.


Texto Anterior: Greenspan diz que aceitaria ficar no cargo
Próximo Texto: Desconto de luz pode cair em SP
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.