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ENERGIA
Consumidores vão pagar a conta, mas taxa ainda não está definida
Gasto com o seguro antiapagão sobe 278,8%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O gasto com o seguro anti-racionamento vai aumentar
278,79% em 2003, em relação ao
que foi gasto ano passado. Em
2002, a CBEE (Comercializadora
Brasileira de Energia Emergencial, estatal responsável pelo seguro) repassou às termelétricas R$
660 milhões. Neste ano, a previsão é de gastos de até R$ 2,5 bilhões.
Esse aumento, de acordo com o
presidente da CBEE, Ivaldo Frota,
significará reajuste no seguro, que
é pago pelos consumidores de
energia elétrica desde março do
ano passado. "Este ano terá que
haver reajuste, necessariamente",
disse.
Frota explicou que o reajuste terá de ocorrer devido ao aumento
dos gastos e porque a CBEE não
está arrecadando o suficiente dos
consumidores. Atualmente, são
arrecadados aproximadamente
R$ 110 milhões mensais e repassados às usinas R$ 190 milhões. Ou
seja, há déficit mensal de R$ 80
milhões.
O déficit na arrecadação vem
sendo compensado com o lucro
que a empresa teve em 2002. Esse
lucro aconteceu porque algumas
usinas demoraram a se ligar ao
sistema elétrico e por isso não receberam o valor do aluguel, que
estava sendo pago pelos consumidores.
O seguro é cobrado desde março do ano passado e já foi reajustado em 16,3% em junho de 2002.
O valor atual é de R$ 0,0057 por
kWh consumido em um mês. Ou
seja, em uma residência na qual se
gaste 500 kWh em um mês, R$
2,85 (cálculo sem impostos) servem para pagar o seguro. A cobrança vem na conta de luz no
item "encargo de capacidade de
geração".
Com o dinheiro arrecadado, o
governo paga o aluguel de 54 usinas termelétricas com capacidade
de gerar aproximadamente 1.900
MW em caso de risco de falta de
energia.
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