São Paulo, sexta-feira, 24 de abril de 2009

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Receita da Microsoft tem 1ª queda em 23 anos

Lucro também caiu, mas o resultado foi menos ruim do que o esperado, e ações se valorizaram na Bolsa

DA REDAÇÃO

O faturamento da Microsoft teve no primeiro trimestre sua primeira queda em 23 anos.
A receita da empresa caiu 6% no período, para US$ 13,6 bilhões. Já o lucro da Microsoft chegou a US$ 2,98 bilhões, resultado 32,1% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Apesar da marca negativa, o mercado reagiu bem aos números, e as ações da empresa nos EUA subiram quase 6% ontem.
Analistas esperavam uma perda maior. Além disso, a empresa manifestou a intenção de cortar custos mais agressivamente, o que também agradou aos investidores.
A Microsoft reafirmou os planos de cortar 5.000 postos de trabalho até meados de 2010 e elevou a previsão de economia para até US$ 1,5 bilhão com cortes de custos operacionais -a empresa anunciou já estar reduzindo gastos com viagens e revendo salários e projetos de expansão, por exemplo.
"Apesar de não poder dizer que estou contente com um trimestre em que as receitas e lucro caíram, fiquei satisfeito com nosso desempenho relativo", disse o executivo-chefe de finanças da empresa, Chris Liddell. Ele não fez, contudo, uma projeção para o próximo trimestre -uma prática até então usual na maior fabricante de softwares do planeta.
Mesmo assim, reconheceu que, de janeiro a março deste ano, não viu sinais que indiquem que o pior já passou -como afirmaram recentemente outras gigantes da tecnologia, como Intel, EMC e Adobe. "As condições de mercado continuarão difíceis neste trimestre e potencialmente por todo o ano", acrescentou Liddell.
Um dos fatores que levaram a Microsoft a reduzir seus ganhos foi, além da menor demanda corporativa, a crescente popularidade dos netbooks -computadores portáteis com menos recursos, usados basicamente para navegar na internet e que costumam rodar versões mais baratas do Windows, carro-chefe da empresa.

Amazon
Na direção contrária, a empresa de comércio eletrônico Amazon.com registrou alta de 18% no faturamento, para US$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre. Já o lucro da companhia alcançou US$ 177 milhões, alta de 24%, ou US$ 0,41 por ação. Foi acima das expectativas: analistas previam, em média, lucro de US$ 0,31 por ação.

Com agências internacionais


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