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Receita da Microsoft tem 1ª queda em 23 anos
Lucro também caiu, mas o resultado foi menos ruim do que o esperado, e ações se valorizaram na Bolsa
DA REDAÇÃO
O faturamento da Microsoft
teve no primeiro trimestre sua
primeira queda em 23 anos.
A receita da empresa caiu 6%
no período, para US$ 13,6 bilhões. Já o lucro da Microsoft
chegou a US$ 2,98 bilhões, resultado 32,1% inferior ao registrado no mesmo período do
ano passado.
Apesar da marca negativa, o
mercado reagiu bem aos números, e as ações da empresa nos
EUA subiram quase 6% ontem.
Analistas esperavam uma
perda maior. Além disso, a empresa manifestou a intenção de
cortar custos mais agressivamente, o que também agradou
aos investidores.
A Microsoft reafirmou os
planos de cortar 5.000 postos
de trabalho até meados de 2010
e elevou a previsão de economia para até US$ 1,5 bilhão com
cortes de custos operacionais
-a empresa anunciou já estar
reduzindo gastos com viagens e
revendo salários e projetos de
expansão, por exemplo.
"Apesar de não poder dizer
que estou contente com um trimestre em que as receitas e lucro caíram, fiquei satisfeito
com nosso desempenho relativo", disse o executivo-chefe de
finanças da empresa, Chris Liddell. Ele não fez, contudo, uma
projeção para o próximo trimestre -uma prática até então
usual na maior fabricante de
softwares do planeta.
Mesmo assim, reconheceu
que, de janeiro a março deste
ano, não viu sinais que indiquem que o pior já passou -como afirmaram recentemente
outras gigantes da tecnologia,
como Intel, EMC e Adobe. "As
condições de mercado continuarão difíceis neste trimestre
e potencialmente por todo o
ano", acrescentou Liddell.
Um dos fatores que levaram a
Microsoft a reduzir seus ganhos foi, além da menor demanda corporativa, a crescente
popularidade dos netbooks
-computadores portáteis com
menos recursos, usados basicamente para navegar na internet
e que costumam rodar versões
mais baratas do Windows, carro-chefe da empresa.
Amazon
Na direção contrária, a empresa de comércio eletrônico
Amazon.com registrou alta de
18% no faturamento, para US$
4,9 bilhões no primeiro trimestre. Já o lucro da companhia alcançou US$ 177 milhões, alta de
24%, ou US$ 0,41 por ação. Foi
acima das expectativas: analistas previam, em média, lucro de
US$ 0,31 por ação.
Com agências internacionais
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