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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Agronegócio "financia" importação de máquinas
O agronegócio irá evitar uma
queda maior do superavit da
balança comercial brasileira
neste ano. O saldo entre as exportações e as importações totais do país deverá ser de US$
12 bilhões, cerca de US$ 13 bilhões menor que o do ano passado, segundo cálculos da RC
Consultores.
As importações devem subir
cerca de 25%, para US$ 160 bilhões, enquanto as exportações
tendem a crescer apenas 13%,
para US$ 172 bilhões.
"O que irá salvar a balança
comercial neste ano será o
agronegócio", afirma Fábio Silveira, sócio da RC Consultores.
Esse será o setor com o melhor desempenho dentro da balança, com superavit de US$
49,2 bilhões, segundo a consultoria. Os itens que devem impulsionar as vendas externas
são as carnes, o açúcar e o café.
Enquanto o setor agrícola irá
gerar um enorme saldo para a
balança, a categoria de bens de
capital irá apresentar deficit de
US$ 37,7 bilhões -quase US$
12 bilhões a mais que em 2009.
O crescimento da economia e
a restrita competitividade das
exportações brasileiras de máquinas são os principais motivos para o aumento do deficit
da categoria, diz a consultoria.
"Os dados mostram que é o
agronegócio que irá financiar
mais uma rodada de modernização da indústria brasileira."
Com o reajuste no preço do
minério de ferro, as exportações do produto irão saltar dos
US$ 13,2 bilhões em 2009 para
os US$ 19,6 bilhões neste ano,
segundo a consultoria. Essa alta, porém, não será suficiente
para dar um alento à balança.
Perfil de diretor financeiro altera lucro, diz pesquisa
Mais da metade dos diretores financeiros de empresas no mundo ainda não possuem capacidade analítica
aliada à eficiência na condução das operações.
A conclusão é de pesquisa
da área de consultoria da
IBM, que abordou 1.900 diretores financeiros em 81
países, incluindo o Brasil.
Quatro perfis de executivos foram identificados.
Cerca de 33% são consolidadores de resultados, ou seja, mantém o departamento
em funcionamento com pouca produtividade e direcionado a apuração de resultados. "Esse é um tipo de executivo que contribui para a
empresa, mas ainda é limitado. Um terço no mundo está
nessa categoria", diz Ricardo
Gomez, executivo da unidade de consultoria da IBM.
Outros 32% são gestores
eficientes, que focam a produtividade do setor financeiro, mas ainda carecem de habilidade analítica.
O perfil que deve crescer,
formado por 23% dos diretores, é o dos integradores de
valor, que contribuem de fato para os resultados financeiros e o desempenho dos
negócios, segundo o estudo.
O restante, 12% são consultores parciais, isto é, se
envolvem nas decisões de
negócios, mas com dificuldade, pois têm limitações na
produtividade das finanças.
"A capacidade analítica é
uma parte da administração
financeira mais nova. Antes
era só a contabilidade."
BANHO SEM EMBAÇO
A marca de móveis sob
medida Ornare, que há
mais de 20 anos produz
armários luxuosos para
quartos, passa a desenvolver móveis para "salas de banho".
A sócia-diretora da
empresa, Esther Schattan, evita a palavra banheiro para o cômodo
que pode ter uma cuba
de até R$ 5.000, puxadores de cristais Swarovski
e vidros que não embaçam durante a banho.
"Começamos com armários e closets, que são
móveis de área seca. Em
2006, entramos com cozinhas, de área molhada,
o que nos deu experiência para agora começar
nesse projeto", diz.
A empresa tem hoje
cerca de 800 funcionários nas duas fábricas em
Cotia e nas lojas da marca em São Paulo, Rio de
Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e
Miami (EUA).
EM DUPLA
Rodobens Consórcio e
Consórcio União se associaram para formar uma nova
empresa, a União Rodobens
Consórcio. A companhia nasce com administração de R$ 1
bilhão de ativos e mais de 55
mil cotas na carteira. Será
formada pela migração dos
clientes do Consórcio União
e parte da carteira dos clientes da Rodobens Consórcio.
A nova empresa comercializará cotas de imóveis, automóveis, motos, caminhões,
além de consórcios de serviços. A meta é atingir uma carteira de R$ 4,5 bilhões de ativos ao final de três anos.
PAGAMENTO
O uso dos cartões em setores que tradicionalmente
não aceitavam os meios eletrônicos, como clínicas médicas e escolas, segue em alta. Segundo dados da Redecard, o volume transacionado pelos segmentos moveleiro, seguros, distribuição,
educação e saúde cresceu
96,7% entre os anos de 2005
e 2009. Saúde e educação foram os principais responsáveis pela expansão. A Redecard fechou acordo com o
Sindjorsp (Sindicato dos
Vendedores de Jornais e Revistas de SP). Em São Paulo,
há mais de 5.000 bancas.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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