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EMPREGO
Construção cria 113 mil postos de trabalho no 1º trimestre
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Puxada especialmente pelo crescimento do setor imobiliário em São Paulo, a indústria da construção civil
criou no primeiro trimestre
deste ano mais que a metade
das vagas de trabalho geradas em 2007, aponta estudo
do Sinduscon-SP (sindicato
de construtoras) e da FGV
Projetos.
Nos três primeiros meses
do ano, o mercado de trabalho no setor absorveu 113,8
mil trabalhadores, número
185,5% maior do que o registrado no mesmo período do
ano passado. Em todo o ano
de 2007, foram criadas 206,6
mil vagas.
"O carro-chefe desse crescimento é o mercado imobiliário em São Paulo, não o
PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", disse
o diretor de Relação Capital-Trabalho do Sinduscon-SP,
Haruo Ishikawa.
Só no Estado, foram criadas 37,3 mil vagas de trabalho. O segundo melhor mercado de trabalho na construção civil está no Nordeste,
aponta Ishikawa, em razão
especialmente do aporte de
capital estrangeiro na infra-estrutura de turismo.
A rápida expansão no mercado de trabalho, porém, já
provoca um déficit de 220
mil empregados qualificados
na construção civil no país,
diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP (sindicato dos trabalhadores da construção civil). "Hoje pagamos pela falta
de investimentos na qualificação profissional nesse setor por muito tempo."
Para suprir momentaneamente a falta trabalhadores
qualificados, Ramalho afirma ter iniciado negociações
com grandes construtoras
para "importar" trabalhadores de outros países, especialmente da Bolívia, para
trabalhar em obras no país.
"Vamos precisar de trabalhadores para empreendimentos grandes. Para a construção de usina de Jirau, em
Rondônia, por exemplo, será
necessário um acréscimo de
35 mil trabalhadores. Não temos um contingente desse
com qualificação", afirma
Ramalho. Segundo ele, o setor está discutindo as questões legais para trazer trabalhadores estrangeiros.
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