|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRABALHO
Criação de 291,8 mil vagas é o melhor resultado para o mês desde 1992, segundo o ministério
Emprego com registro sobe em maio
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O mercado de trabalho formal
teve em maio o melhor resultado
para o mês dos últimos 12 anos,
segundo informações do Ministério do Trabalho. No mês passado,
as contratações superaram as demissões em 291,8 mil vagas. Isso
representa aumento de 1,23% no
número de empregados com carteira assinada em relação a abril.
Os dados fazem parte do Caged
(Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados), que é elaborado mensalmente pelo Ministério
do Trabalho a partir de informações prestadas pelas empresas de
todo o país. O desempenho do
mercado formal em maio foi o
melhor para o mês desde que o
cadastro foi criado, em 1992.
Esse foi o quinto mês seguido de
crescimento no emprego formal
(com registro em carteira). O resultado é mais do que o dobro do
saldo registrado em maio do ano
passado, quando foram gerados
140 mil empregos formais.
No acumulado no ano, o total
de empregos criados já chega a
826,7 mil postos, o que representa
aumento de 3,55% na comparação com o estoque de trabalhadores empregados em dezembro de
2003. Entre janeiro e maio de
2003, foram criados 435 mil empregos formais.
"O número deste mês [maio]
nos surpreendeu positivamente.
Pode estar começando um novo
ciclo, em que a procura por emprego vai ser superada pela oferta,
provocando a queda no índice de
desemprego", afirmou o ministro
Ricardo Berzoini (Trabalho),
acrescentando que, logo após a
entrevista, iria ligar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
em Nova York, para que ele pudesse comemorar o resultado.
Berzoini espera a confirmação
dessa tendência nos resultados
das pesquisas de desemprego realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e
pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Sócio-Econômicos).
As pesquisas usam metodologias diferentes das aplicadas no
Caged. O cadastro não é uma pesquisa de desemprego e trata apenas do mercado formal. Já as duas
pesquisas incluem os trabalhadores que atuam na informalidade,
mas não adotam os mesmos critérios de amostragem, o que gera
resultados diferentes.
Segundo o ministro, não é possível afirmar com certeza se o
crescimento do emprego formal
se manterá nos próximos meses.
"A sustentabilidade vai depender
do grau de investimento na economia. Mas junho tende a repetir
resultados muito positivos."
Interior
Berzoini destacou que o interior
do país continua gerando mais
empregos formais do que as regiões metropolitanas. Enquanto o
crescimento total foi de 1,23% em
maio, as regiões metropolitanas
registraram crescimento de
0,62%. "Em São Paulo, por exemplo, enquanto o Estado teve aumento de 1,47%, a região metropolitana apresentou crescimento
de 0,58%."
Ele acrescentou que o bom desempenho no interior do país é
reflexo do resultado positivo da
geração de empregos na agricultura. O setor foi o grande destaque entre as atividades econômicas, com aumento de 6,67% nas
vagas em relação a abril, ou seja,
86,8 mil novos postos.
No ano, o estoque de trabalhadores na agricultura cresceu
3,55% (137,9 mil vagas). A indústria de transformação também
apresentou bom resultado no
mês, com crescimento de 1,6%,
ou seja, mais 89,5 mil vagas.
Texto Anterior: Preços: IPCA-15 registra alta de 0,56% em junho Próximo Texto: Frase Índice
|