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São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003

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TÍTULOS PÚBLICOS

Cai o risco cambial

Dólar corrige só 29% da dívida do governo

SANDRA MANFRINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A menor volatilidade no mercado de câmbio tem contribuído para a queda na exposição ao risco cambial do país nos primeiros seis meses do governo Lula.
De janeiro a junho, a participação dos títulos cambiais, incluindo operações de "swap" (contrato que garante ao investidor a variação da taxa de câmbio), no estoque da dívida mobiliária federal caiu de 36,37% para 29,05%.
A expectativa do chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldenstein, é que, ao final deste mês, o volume de títulos cambiais represente 28% do saldo total da dívida, o que será o menor nível desde julho de 2001, quando a participação dos títulos atrelados ao dólar era de 27,76%.
A previsão baseia-se no fato de que a rolagem (renovação) dos papéis cambiais caiu de 81,7% em junho para 57% neste mês.
Goldenstein disse que as operações de "swap" estão mais caras para as empresas devido à valorização cambial.
Por isso, há uma queda na demanda, que também é motivada pela percepção "de que, no curto e médio prazos, não há probabilidade de choque de oferta e os investidores não vislumbram possibilidade de forte pressão sobre o câmbio".
A melhora do cenário tem ajudado o governo a aumentar a participação dos títulos prefixados (Letras do Tesouro Nacional) no total da dívida mobiliária.
Em junho, essa participação subiu para 4,48%, o melhor resultado desde outubro de 2002, quando os prefixados representavam 6,49% do total da dívida.
O coordenador-geral da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse que esse movimento reflete a expectativa de queda dos juros, o que tem provocado aumento da procura por esses papéis.
A previsão é que, ao final deste ano, essa participação dos prefixados fique acima de 10% do total da dívida.


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