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TRANSPORTES
União deve transferir administração para o Estado e cidades de Santos, Guarujá e Cubatão
Porto de Santos pode ter comando regional
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, disse ontem que o
governo federal assumirá parte
do passivo da estatal Codesp como forma de viabilizar a transferência da administração do porto
de Santos (SP), o maior do país,
da União para o Estado e para os
municípios de Santos, Guarujá e
Cubatão.
Padilha participou ontem no
Palácio dos Bandeirantes, em São
Paulo, da assinatura do protocolo
de intenções que resultou na criação de um grupo técnico de trabalho com 13 integrantes, indicados
pela Codesp (dois), Ministério
dos Transportes (dois), governo
estadual (quatro), prefeituras
(um de cada) e sindicatos de portuários (dois).
A tarefa do grupo será formular
em 120 dias uma proposta para a
regionalização da administração
do porto, atualmente em poder da
Codesp (Companhia Docas do
Estado de São Paulo).
A dívida acumulada da estatal é
de cerca de R$ 400 milhões, segundo o diretor-presidente da
empresa, Fernando Vianna. "Seguramente, o governo federal
participará [da gestão da dívida",
mas não quero aqui estabelecer
com que proporção."
Padilha também descartou
qualquer possibilidade de a administração do porto vir a ser privatizada, como pretendia uma parcela dos empresários do setor. Segundo ele, "por uma questão de
desenvolvimento estratégico, a
autoridade portuária será pública
permanentemente".
O porto é estatal desde 1980,
quando foi criada a Codesp. Antes, esteve sob administração privada desde 1892, por concessão
do governo federal à extinta Companhia Docas de Santos.
De acordo com o ministro, a regionalização implicará a extinção
da Codesp e a criação de uma nova empresa ou simplesmente o repasse do controle da estatal para
os novos gestores por meio da
transferência das ações pertencentes ao governo federal.
O governador Geraldo Alckmin
disse que o governo paulista poderá fazer investimentos no porto
assim que o processo de regionalização estiver concluído -segundo Padilha, ainda na gestão
FHC. "Se for necessário um aporte inicial [de recursos", o Estado
fará o sacrifício", disse Alckmin.
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