São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002

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PANORÂMICA

EMPREGO

Ritmo de crescimento de novos postos de trabalho cai pelo terceiro mês seguido
O ritmo de crescimento no número de novos postos de trabalho no Brasil caiu em julho pelo terceiro mês consecutivo. No mês passado, foram criados 61,6 mil novos empregos com registro em carteira. Em junho, esse número foi de 133,3 mil e em maio, de 155,8 mil.
De janeiro a julho, foram gerados 741 mil empregos no setor formal, segundo dados do Ministério do Trabalho. A redução no ritmo de geração de postos de trabalho pode estar associada à desaceleração no nível de atividade econômica.
Depois de estimar crescimento econômico de 2,5% neste ano, o governo já reviu suas projeções para baixo duas vezes. A última previsão é que a economia vá crescer somente 1,5% em 2002. O mercado espera um crescimento ainda menor para este ano: de 1%.
O número de empregos criados em julho só é superior ao verificado em janeiro, quando ficou em 44 mil novos postos de trabalho. Ainda assim, o número de empregos formais de janeiro a julho deste ano é recorde, segundo o ministro do Trabalho, Paulo Jobim Filho.
"Foram criados 741.977 novos postos de trabalho nos sete primeiros meses deste ano, 3,5% a mais que no mesmo período de 2001. É o melhor resultado desde que foi criado o Caged [Cadastro Geral de Empregos"", argumentou Jobim Filho.

Agricultura
Seguindo a tendência dos meses anteriores, em julho, a agricultura foi o setor da economia que gerou o maior número de novos empregos formais: 24 mil. Em seguida vêm o setor de comércio e o de serviços que geraram, respectivamente,19,1 mil e 12,7 mil postos.
De acordo com a economista do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Shyrlene Ramos, a explicação para a geração de novos empregos formais na economia, apesar do crescimento do desemprego, está no fato de estar havendo um aumento da procura por emprego. (DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)


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