KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

A Justiça Federal em Santa Catarina aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e instaurou ação penal contra a dona da butique de luxo Daslu, Eliana Tranchesi, e seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da loja, conforme a Folha antecipou. Eles são acusados de falsificarem documentos para facilitar o ingresso de produtos estrangeiros no Brasil.
Albuquerque está preso em decorrência de processo sofrido em São Paulo sob as mesmas acusações.
De acordo com o Ministério Público, os produtos foram ou seriam destinados à Daslu. Outras cinco pessoas são acusadas pelo MPF, entre elas dois diretores da importadora Columbia Trading, que teria trazido mercadoria para o Brasil.
A decisão de aceitar a denúncia foi do juiz Zenildo Bodnar, da 1ª Vara Federal de Itajaí (SC). Bodnar não se manifestou sobre as alegações do MPF, apenas considerou que a denúncia cumpre os requisitos para instauração da ação penal.
O MPF pediu a instauração da ação após receber documentação da Receita Federal de Santa Catarina. No fim de 2005, a fiscalização de Itajaí apreendeu R$ 1,7 milhão em bolsas importadas pela Columbia no aeroporto de Navegantes (SC).
Esse é o segundo processo por falsidade ideológica e irregularidade em importações sofrida por Tranchesi e seu irmão. O primeiro corre na Justiça Federal de Guarulhos desde o fim de 2005.
A Daslu não quis se pronunciar porque não foi formalmente notificada sobre a ação. A Columbia Trading foi procurada e não respondeu.


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