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Após nota da Moody's, Bolsa sai do vermelho e sobe 0,2%; dólar fecha dia abaixo de R$ 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de operar em terreno
negativo durante boa parte do
dia, a Bolsa de Valores de São
Paulo ganhou um empurrão
com o anúncio da elevação da
nota de risco brasileira pela
Moody's, que ocorreu no fim da
tarde, e terminou o pregão com
valorização de 0,20%.
Com a falta de notícias com
força para animar os investidores, o dia nas Bolsas de Valores
pelo mundo foi apático. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow
Jones fechou estável; em Londres, a Bolsa teve apreciação de
apenas 0,01%.
Na Bovespa, ontem foi o
quinto pregão seguido de alta.
Mas o volume negociado caiu
em relação à quarta-feira -de
R$ 5,27 bilhões para R$ 4,66 bilhões ontem-, mostrando um
mercado mais morno.
Nesta semana, a Bolsa paulista acumula valorização de
6,78%. No mês, o resultado ainda é negativo, em 4,31%.
"A decisão da Moody's foi positiva. Mas, como representou
apenas um alinhamento ao nível que as outras agências já
praticavam há alguns meses,
deve ter efeito pequeno no
mercado amanhã [hoje]", disse
Rodrigo Éboli, economista da
Mellon Global Investiments.
A AmBev, que também teve
nota elevada ontem pela
Moody's, viu suas ações preferenciais subirem 0,38%. Outra
empresa que teve a nota de risco melhorada, a Petrobras, registrou valorizações de 0,68%
(ação ON) e 0,32% (ação PN).
No mercado de câmbio, o dólar voltou a ficar abaixo dos R$
2, o que não ocorria desde terça
passada. Com o arrefecimento
na saída de estrangeiros de ativos (especialmente ações) brasileiros nos últimos dias, o dólar encontrou espaço para descer novamente.
Ontem a moeda norte-americana recuou 1,09%, para fechar vendida a R$ 1,991. Na
quinta-feira da semana passada, o dólar bateu em R$ 2,13 e
terminou as operações negociado a R$ 2,094.
Apesar da queda de ontem, a
valorização do dólar diante do
real neste mês é bastante expressiva (5,74%).
O risco-país brasileiro terminou o dia a 207 pontos, após recuar 1,43%.
Em Wall Street, o mercado
acionário chegou a subir no começo do pregão. A informação
de que o Bank of America vai
investir US$ 2 bilhões, por
meio de papéis preferenciais,
na Countrywide -maior companhia de empréstimo imobiliário dos EUA, epicentro da
crise- foi bem recebida.
A Countrywide está entre as
que mais têm enfrentado problemas na atual crise hipotecária norte-americana.
Pela tarde, as declarações de
um executivo da companhia,
que afirmou que a crise no setor imobiliário pode empurrar
a economia dos EUA a uma recessão, esfriou os ânimos.
O francês BNP Paribas Investment anunciou ontem a
reabertura de três fundos de investimento que estavam suspensos desde o começo de
agosto devido aos impactos da
crise hipotecária. A decisão não
chegou a empolgar os investidores. Em Paris, a Bolsa teve alta tímida, de 0,09%.
Hoje serão divulgados dados
sobre vendas de casas novas
nos Estados Unidos, importantes para o mercado neste momento.
(FV)
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