São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2007

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Após nota da Moody's, Bolsa sai do vermelho e sobe 0,2%; dólar fecha dia abaixo de R$ 2

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de operar em terreno negativo durante boa parte do dia, a Bolsa de Valores de São Paulo ganhou um empurrão com o anúncio da elevação da nota de risco brasileira pela Moody's, que ocorreu no fim da tarde, e terminou o pregão com valorização de 0,20%.
Com a falta de notícias com força para animar os investidores, o dia nas Bolsas de Valores pelo mundo foi apático. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou estável; em Londres, a Bolsa teve apreciação de apenas 0,01%.
Na Bovespa, ontem foi o quinto pregão seguido de alta. Mas o volume negociado caiu em relação à quarta-feira -de R$ 5,27 bilhões para R$ 4,66 bilhões ontem-, mostrando um mercado mais morno.
Nesta semana, a Bolsa paulista acumula valorização de 6,78%. No mês, o resultado ainda é negativo, em 4,31%.
"A decisão da Moody's foi positiva. Mas, como representou apenas um alinhamento ao nível que as outras agências já praticavam há alguns meses, deve ter efeito pequeno no mercado amanhã [hoje]", disse Rodrigo Éboli, economista da Mellon Global Investiments.
A AmBev, que também teve nota elevada ontem pela Moody's, viu suas ações preferenciais subirem 0,38%. Outra empresa que teve a nota de risco melhorada, a Petrobras, registrou valorizações de 0,68% (ação ON) e 0,32% (ação PN).
No mercado de câmbio, o dólar voltou a ficar abaixo dos R$ 2, o que não ocorria desde terça passada. Com o arrefecimento na saída de estrangeiros de ativos (especialmente ações) brasileiros nos últimos dias, o dólar encontrou espaço para descer novamente.
Ontem a moeda norte-americana recuou 1,09%, para fechar vendida a R$ 1,991. Na quinta-feira da semana passada, o dólar bateu em R$ 2,13 e terminou as operações negociado a R$ 2,094.
Apesar da queda de ontem, a valorização do dólar diante do real neste mês é bastante expressiva (5,74%).
O risco-país brasileiro terminou o dia a 207 pontos, após recuar 1,43%.
Em Wall Street, o mercado acionário chegou a subir no começo do pregão. A informação de que o Bank of America vai investir US$ 2 bilhões, por meio de papéis preferenciais, na Countrywide -maior companhia de empréstimo imobiliário dos EUA, epicentro da crise- foi bem recebida.
A Countrywide está entre as que mais têm enfrentado problemas na atual crise hipotecária norte-americana.
Pela tarde, as declarações de um executivo da companhia, que afirmou que a crise no setor imobiliário pode empurrar a economia dos EUA a uma recessão, esfriou os ânimos.
O francês BNP Paribas Investment anunciou ontem a reabertura de três fundos de investimento que estavam suspensos desde o começo de agosto devido aos impactos da crise hipotecária. A decisão não chegou a empolgar os investidores. Em Paris, a Bolsa teve alta tímida, de 0,09%.
Hoje serão divulgados dados sobre vendas de casas novas nos Estados Unidos, importantes para o mercado neste momento. (FV)


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