São Paulo, sexta-feira, 24 de agosto de 2007

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Investimento direto mostra desaceleração

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O investimento estrangeiro direto somou US$ 3,584 bilhões em julho. O resultado, que representa desaceleração ante o recorde histórico de junho, veio dentro das expectativas do Banco Central. O valor é 126% maior que o registrado em julho de 2006. Analistas dizem que o cenário turbulento internacional não ameaça a entrada desses dólares.
Dados do BC mostram que a entrada de recursos continua em ritmo forte. O chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes, diz que o valor registrado está dentro da expectativa oficial, mas que o registrado nos sete primeiros meses do ano ainda surpreende.
No período, o Brasil recebeu US$ 28 bilhões em investimentos. "Surpreende pelo resultado do meio do ano, que costuma ser mais baixo pelas férias no hemisfério Norte." O número foi inflado pela entrada de US$ 10,3 bilhões em junho, mês que teve o impacto da aquisição de ações da siderúrgica Arcelor Brasil pela multinacional Mittal.
Outro dado que chama a atenção é a entrada de US$ 6,289 bilhões que foram aplicados em ações. Segundo Lopes, a maioria desses recursos foi investida nas empresas que lançaram ações em julho na Bolsa de Valores de São Paulo.
O economista-chefe do Deutsche Bank, José Carlos de Faria, diz que a entrada de recursos para a compra de ações deve se desacelerar no resultado de agosto. Esse freio do investidor foi gerado, segundo ele, pela turbulência internacional.
Apesar desse cenário mais conservador, ele não acredita em queda do volume de dólares para investimentos produtivos. "Não devemos sentir efeito desse nervosismo. A crise não chegou à economia real", afirma.


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