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Investimento direto mostra desaceleração
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O investimento estrangeiro direto somou US$
3,584 bilhões em julho. O
resultado, que representa
desaceleração ante o recorde histórico de junho,
veio dentro das expectativas do Banco Central. O
valor é 126% maior que o
registrado em julho de
2006. Analistas dizem que
o cenário turbulento internacional não ameaça a
entrada desses dólares.
Dados do BC mostram
que a entrada de recursos
continua em ritmo forte. O
chefe do Departamento
Econômico da instituição,
Altamir Lopes, diz que o
valor registrado está dentro da expectativa oficial,
mas que o registrado nos
sete primeiros meses do
ano ainda surpreende.
No período, o Brasil recebeu US$ 28 bilhões em
investimentos. "Surpreende pelo resultado do
meio do ano, que costuma
ser mais baixo pelas férias
no hemisfério Norte." O
número foi inflado pela
entrada de US$ 10,3 bilhões em junho, mês que
teve o impacto da aquisição de ações da siderúrgica Arcelor Brasil pela multinacional Mittal.
Outro dado que chama a
atenção é a entrada de US$
6,289 bilhões que foram
aplicados em ações. Segundo Lopes, a maioria
desses recursos foi investida nas empresas que lançaram ações em julho na
Bolsa de Valores de São
Paulo.
O economista-chefe do
Deutsche Bank, José Carlos de Faria, diz que a entrada de recursos para a
compra de ações deve se
desacelerar no resultado
de agosto. Esse freio do investidor foi gerado, segundo ele, pela turbulência internacional.
Apesar desse cenário
mais conservador, ele não
acredita em queda do volume de dólares para investimentos produtivos.
"Não devemos sentir efeito desse nervosismo. A crise não chegou à economia
real", afirma.
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