São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

Próximo Texto | Índice

MERCADO ABERTO

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

PIB perdeu dinamismo em 2008, diz LCA

O PIB brasileiro deve ter crescido 5,3% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado e 1,1% sobre o primeiro trimestre. O IBGE divulga os números do PIB no dia 10 de setembro.
A estimativa é da LCA Consultores Associados, com base na evolução de vários indicadores já conhecidos -M1 (papel moeda em poder do público mais depósitos à vista), produção industrial e vendas do comércio, entre outros.
Apesar de a previsão de 1,1% ser mais elevada do que o 0,7% de crescimento registrado no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses do ano passado, o economista Bráulio Borges, da LCA, afirma que a economia brasileira perdeu dinamismo neste ano na comparação com 2007.
O economista compara o ritmo do crescimento dos dois trimestres deste ano em relação a 2007. No ano passado, a taxa média de expansão por trimestre foi de 1,7% entre o segundo e o quatro trimestres, ao passo que a taxa média dos dois primeiros trimestres deste ano deve ter sido de 0,9%.
De acordo com Borges, o terceiro trimestre deste ano também mantém a mesma tendência de desaceleração.
A evolução do M1 real (deflacionado pelo IPCA) em julho e nos oito primeiros dias úteis deste mês sinaliza, de acordo com o modelo da LCA, que o PIB no terceiro trimestre crescerá num ritmo de cerca de 0,9% em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o avanço será de 4,5%.
Se for mantida essa queda no ritmo de crescimento, Borges afirma que o PIB poderá crescer abaixo de 4% entre outubro e dezembro deste ano em relação ao mesmo período de 2007, o que seria a menor taxa desde o segundo trimestre de 2006.
Diante desses números, a LCA prevê que o PIB crescerá 4,6% neste ano e 3,4% em 2009, números bem inferiores aos previstos pelo governo.
Os principais fatores para esse desaquecimento do PIB são a desaceleração da economia norte-americana e a alta dos juros no Brasil.

Positivo entra no ramo de brinquedo educativo

A Positivo Informática vai estrear comercialmente no ramo dos brinquedos educativos. No Dia da Criança, a divisão de tecnologia educacional colocará nas lojas a linha Bichos da Floresta.
Cada bicho de pelúcia custará R$ 99 e virá com um código de acesso ao portal de cada animal na internet. Os sites foram desenvolvidos pela Positivo com o objetivo de educar crianças de três a seis anos.
"Ali, a criançada encontrará informações pertinentes ao universo de cada animal, fará brincadeiras que estimulam o aprendizado", diz André Caldeira, vice-presidente de Tecnologia Educacional da Positivo Informática. Chamado de "eduteinment" (mistura, em inglês, das palavras educação e entretenimento), esse modelo de negócio do setor de brinquedos está ganhando força nos EUA.
A Positivo já tinha ensaiado a entrada nesse segmento com um software que estimula as crianças a conhecerem a língua portuguesa. Lançado em junho, já vendeu 2.000 cópias, o dobro da média desse tipo de produto.

PASSARELA
Carlos Jereissati Filho, presidente da Iguatemi Empresa de Shopping Centers, que vai investirR$ 1 milhão para patrocinar a primeira edição do prêmio Moda Brasil, que será realizado em outubro; os idealizadores do prêmio são José Maurício Machline (Prêmio Tim de Música) e a empresária Tininha Kós; segundo Jereissati Filho, já estão previstas mais duas edições anuais do prêmio; "no Brasil, temos as semanas de moda, mas não havia nada que avaliasse quem se destacou nas categorias, o que é comum acontecer no mundo todo", diz

ARTESANATO NA CHAPA

O restaurante Joe & Leo's, que só tem unidades em shoppings, pretende abrir a sua primeira loja de rua na capital paulista em 2009. A empresa vai começar um plano de expansão com foco em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. "A expansão será tão artesanal quanto o nosso hambúrguer", diz André Cunha Lima, sócio da empresa. O Joe & Leo's completa 15 anos neste ano e comemora a data com um novo hambúrguer no cardápio, criado pela chef Daniele Dahoui, dos bistrôs Ruella e À Côté.

ORGÂNICOS
A Sociedade Nacional de Agricultura lançou, em parceria com Fumin/BID, IDRC, ICA e Sebrae-RJ, o projeto OrganicsNet, uma rede que reúne quase 20 produtores de orgânicos do país. Voltado para pequenos e médios produtores, o projeto está sendo divulgado em Natal (RN) por uma rede de supermercados.

PROCURADOS
O BuscaSac.com, site de busca de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), no ar há cerca de um mês, fechou seu primeiro ranking de empresas mais procuradas para informações e contato. O site teve cerca de 5.400 páginas exibidas por dia. Em primeiro lugar está a Oi, com 9.768 buscas, seguida pela Telefônica, com 7.512, e pela TIM, com 7.296. Mais atrás estão Vivo, Sony, LG e Casas Bahia.

PRANCHETA
A norte-americana CH2M Hill, do mercado de engenharia e construção, investe US$ 2 milhões em novas contratações, principalmente de engenheiros eletricistas, ambientais e civis.

NO BAGAÇO DA CANA

A CPFL Energia fechou parceria com a Cosan para a compra de R$ 500 milhões de energia gerada a partir do bagaço de cana, em um dos maiores negócios envolvendo a aquisição de energia elétrica por bioeletricidade realizados no Brasil.
A empresa, que anunciou a constituição da CPFL Bioenergia, uma unidade de negócio criada para investir em co-geração a partir da queima de biomassa proveniente da cana-de-açúcar, vai aumentar a sua capacidade de produção de energia de fonte limpa e renovável.
"Acreditamos que a geração de bioeletricidade dobrará nos próximos cinco anos, passando para 6% na participação da matriz energética brasileira", afirma Wilson Ferreira Jr., presidente da CPFL Energia.
Cerca de 87% da produção de cana-de-açúcar do país está no Estado de São Paulo, em regiões atendidas pelas CPFL por meio de suas subsidiárias.


Próximo Texto: Lula cede e deve elevar capital da Petrobras
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.