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Mercado aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Empresários não temem crise política
O nervosismo observado no
mercado financeiro nos últimos dias não deve ser creditado
à crise política, e sim aos números ruins da economia norte-americana. A Bovespa caiu
3,72% na semana passada, e o
risco-país subiu 14,5%.
A opinião é do empresário
Josué Gomes da Silva, presidente do Iedi e da Coteminas e
filho do vice-presidente José
Alencar. Ele concorda com a
análise de Guido Mantega, de
que essa turbulência dos últimos dias se deve à queda maior
do que a prevista da atividade
na economia americana e ao
desaquecimento habitacional
nos Estados Unidos.
"Não acho que a crise política
tenha influenciado o mercado
financeiro", diz ele. "O Brasil
conseguiu dissociar a política
da economia."
Gomes da Silva também não
acredita que a queda-de-braço
entre a situação e a oposição se
estenda por muito tempo depois das eleições, independentemente do candidato que for
eleito à Presidência da República. Ele acha que o presidente
eleito tem condições de abrir o
diálogo com a oposição para
evitar o clima de guerra. "Ninguém vai ser irracional e contrariar os interesses do Brasil."
O empresário Newton de
Mello, presidente da Abimaq,
também acha que a crise política não afeta a economia, principalmente no seu setor, de máquinas e equipamentos, cujas
decisões de investimento são
tomadas visando o médio e longo prazos. "Esses problemas
não afetam a economia real de
forma tão imediata", diz ele.
Para Newton de Mello, o que
afeta mesmo a economia, hoje,
é a superapreciação do câmbio.
"A cotação do dólar é que desestimula a atividade no Brasil", diz ele. Pessimista, ele acha
que, ao contrário do que o governo prevê, a atividade continua em baixa. Prevê também
um terceiro trimestre tão baixo
quanto o segundo.
Índia sobe na lista do comércio
exterior do Brasil
A Índia é a grande novidade no ranking dos principais
parceiros comerciais do
Brasil.
Os indianos compraram
US$ 1,1 bilhão em mercadorias brasileiras em 2005. Entre os principais itens fornecidos pelo Brasil estão soja,
açúcar, aviões e álcool. A informação está no anuário
"Análise de Comércio Exterior", que será lançada na semana que vem, pela Análise
Editorial.
SUANDO A CAMISETA
A Nike se prepara para mobilizar cerca de 25 mil pessoas em São Paulo, no dia 12 de novembro, quando realiza
megaevento de corrida. Batizada de Nike 10K, a prova
acontece, simultaneamente, em nove cidades da América
Latina. Para os 10 km de percurso, como trilha sonora,
nada de "headphone": os corredores serão estimulados
por bandas ao vivo. Para vestir, uma camiseta da tecnologia "sphere". "Teremos a oportunidade de ter 25 mil atletas usando o produto ao mesmo tempo. É uma forma de entrar em contato com o consumidor e de ele ter um contato real com a tecnologia e experimentar como ela funciona", diz Dipa Di Pietro, diretor de vestuário da Nike.
ARQUITETURA E JOALHERIA
A Tiffany's se prepara para lançar no Brasil, nesta semana,
coleção de jóias assinada por seu mais novo designer, o arquiteto canadense Frank Gehry, célebre por projetar o museu Guggenheim de Bilbao, Espanha. No total, são seis linhas
diferentes, lançadas previamente nos EUA e no Japão. O
lançamento brasileiro acontece simultaneamente ao europeu. "É a hora certa para a coleção ser lançada aqui. As peças são "fashion", modernas, que se adaptam bastante ao gosto do consumidor brasileiro", diz Renato Rabbat, que responde pela Tiffany's no Brasil. Com o desenvolvimento da
coleção, Gehry se junta a nomes como Paloma Picasso e
Jean Schlumberger, que foram designers da marca.
JANTAR DE GALA
Karl-Ulrich Kohler e Ekkehard Schulz, os chefões da
ThyssenKrupp, promovem
jantar na próxima sexta, no
Rio, para comemorar o início das obras da Companhia
Siderúrgica do Atlântico, um
investimento de US$ 3 bilhões. Dilma Rousseff, Luiz
Fernando Furlan e a governadora Rosinha Matheus
deverão estar presentes.
VÔO INFANTIL
A CVC lança, para o Dia da
Criança, programa que oferece viagens de avião com
ida e volta no mesmo dia.
FLEXIBILIZAÇÃO
Hélio Costa (Comunicações) está discutindo com as
teles a flexibilização da Lei
Geral de Telecomunicações.
Ele estuda a criação de um
grupo para fazer um estudo
sobre a possibilidade de liberar as fusões e aquisições entre as empresas do setor,
uma tendência considerada
inevitável. Além disso, com a
Anatel, Costa também tem
conversado com as operadoras sobre a flexibilização das
regras de universalização da
Lei Geral de Telecomunicações consideradas obsoletas.
Em troca, Costa quer que as
teles ajudem a ampliar o
programa de inclusão digital, uma das principais metas de Lula.
HABITAÇÃO
A presidente da Caixa
Econômica Federal, Maria
Fernanda Coelho, assina,
amanhã, termo de cooperação com a secretaria de habitação e a prefeitura de SP,
para viabilizar moradia para
famílias de baixa renda.
ORGÂNICO DO BRASIL
A partir de novembro, os
supermercados Whole
Foods, rede varejista de comidas naturais com 155 lojas
nos EUA e no Reino Unido,
venderão produtos brasileiros. Com apoio da Apex e do
IPD (Instituto Paraná de
Orgânicos), empresas produtoras fecharam o embarque de quatro contêineres.
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