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Murilo Portugal, ex-assessor de Palocci na Fazenda, vira nš 3 do FMI
Cargo, de vice-diretor-gerente, é o mais alto já ocupado por um brasileiro no órgão
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O economista Murilo Portugal, 58, ex-secretário-executivo
do Ministério da Fazenda, foi
nomeado vice-diretor-gerente
do FMI (Fundo Monetário Internacional). O anúncio foi feito ontem pelo diretor-gerente
da instituição, Rodrigo de Rato.
O cargo é o terceiro na hierarquia e o mais alto já ocupado
por um brasileiro.
"Murilo tem habilidade econômica e grande experiência
na administração de uma das
principais economias de mercado emergente", disse De Rato, no comunicado oficial.
"Além disso, conhece o Fundo
muito bem, pois serviu como
um dos diretores-executivos
por sete anos."
Antes de ser assessor de Antonio Palocci Filho no Ministério da Fazenda de Lula, Portugal esteve no FMI de 1998 a
2005, representando grupo de
nove países liderados pelo Brasil. Foi também do Banco Mundial. Quando Palocci deixou o
governo, Portugal chegou a ser
cotado para assumir a pasta,
cargo que acabou sendo ocupado por Guido Mantega, então
presidente do BNDES.
Sobre a indicação, o economista disse estar "honrado": "É
uma rara oportunidade de servir aos 184 países-membros do
FMI num momento de grande
importância para o Fundo".
Sem dizer com todas as letras,
Portugal se refere ao processo
de reformulação por que passa
o FMI, tema da última reunião
da entidade, em setembro, em
Cingapura, que prevê mudanças no sistema de cotas dos países-membros e redefinição do
papel do próprio FMI.
Portugal entra no lugar de
Augustin Carstens, que entrou
para a equipe de transição de
Felipe Calderón, recém-eleito
presidente do México.
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