São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 2006

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Murilo Portugal, ex-assessor de Palocci na Fazenda, vira nš 3 do FMI

Cargo, de vice-diretor-gerente, é o mais alto já ocupado por um brasileiro no órgão

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

O economista Murilo Portugal, 58, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, foi nomeado vice-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional). O anúncio foi feito ontem pelo diretor-gerente da instituição, Rodrigo de Rato. O cargo é o terceiro na hierarquia e o mais alto já ocupado por um brasileiro.
"Murilo tem habilidade econômica e grande experiência na administração de uma das principais economias de mercado emergente", disse De Rato, no comunicado oficial. "Além disso, conhece o Fundo muito bem, pois serviu como um dos diretores-executivos por sete anos."
Antes de ser assessor de Antonio Palocci Filho no Ministério da Fazenda de Lula, Portugal esteve no FMI de 1998 a 2005, representando grupo de nove países liderados pelo Brasil. Foi também do Banco Mundial. Quando Palocci deixou o governo, Portugal chegou a ser cotado para assumir a pasta, cargo que acabou sendo ocupado por Guido Mantega, então presidente do BNDES.
Sobre a indicação, o economista disse estar "honrado": "É uma rara oportunidade de servir aos 184 países-membros do FMI num momento de grande importância para o Fundo". Sem dizer com todas as letras, Portugal se refere ao processo de reformulação por que passa o FMI, tema da última reunião da entidade, em setembro, em Cingapura, que prevê mudanças no sistema de cotas dos países-membros e redefinição do papel do próprio FMI.
Portugal entra no lugar de Augustin Carstens, que entrou para a equipe de transição de Felipe Calderón, recém-eleito presidente do México.


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