São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2007

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Nike faz oferta de US$ 582 mi pela Umbro

Com aquisição, companhia pretende superar Adidas na liderança do mercado de artigos para futebol

DA REDAÇÃO

A Nike fez proposta de US$ 582 milhões pela fabricante de material esportivo Umbro. Com o negócio, que precisa ser aprovado pelos acionistas da empresa britânica, a patrocinadora da seleção brasileira espera superar a alemã Adidas na disputa pela liderança do mercado de artigos para futebol.
A aquisição da Umbro, que patrocina, entre outras equipes, a seleção inglesa, seria um grande passo para a conquista de mais espaço no setor.
Segundo estimativas do "Financial Times", a Adidas tem 35% do mercado de material para futebol, a Nike, 32%, a Umbro, 8%, e a Puma, 5%.
O também britânico "The Times" aponta números parecidos: a Adidas com 35%, a Nike com 30% e a Umbro com 5%. No pior desses cenários para a companhia norte-americana, ela ficaria empatada com a concorrente alemã.
A empresa americana entrou firmemente no mercado de futebol em meados da década passada e viu seu faturamento com o esporte no período saltar de US$ 40 milhões para os atuais US$ 1,5 bilhão. Ela já disse que pretende superar a rival Adidas até a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
No último Mundial, no entanto, a Puma, com 12 seleções patrocinadas, foi a marca que mais estampou camisas no evento na Alemanha. A seguir, vieram Nike (com oito) e Adidas (com seis). Em 2002, Adidas e Nike detinham, juntas, mais da metade dos 32 elencos. A Puma apoiava apenas quatro.
O valor oferecido pela Nike, de US$ 3,94 por ação da Umbro, é 61% superior ao preço que os papéis da empresa britânica eram vendidos no final da semana passada. O negócio, que é a primeira aquisição da Nike fora da América do Norte, no entanto, ainda não pode ser considerado fechado.
Especula-se que a Adidas possa oferecer um valor ainda maior pela companhia. E o negócio também pode emperrar nas duas principais acionistas da Umbro, a Sports Direct e a JJB Sports, que são duas grandes redes varejistas de material esportivo do Reino Unido. Elas já demonstraram estar preocupadas com uma maior concentração do mercado na mão das duas grandes marcas.
Um outro empecilho para o negócio seria a federação inglesa de futebol, que, por uma cláusula no contrato, poderia deixar de vestir o material da Umbro. Porém, ela já disse ser favorável ao negócio. A camisa da seleção inglesa é o principal atrativo do portfólio da Umbro, que, no Brasil, patrocina times como Santos e Figueirense.
A Nike concordou em manter a marca Umbro e que a sede da empresa continue no Reino Unido. Além disso, ela disse que a prioridade da Umbro continuará a ser o futebol.


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