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Nike faz oferta de US$ 582 mi pela Umbro
Com aquisição, companhia pretende superar Adidas na liderança do mercado de artigos para futebol
DA REDAÇÃO
A Nike fez proposta de US$
582 milhões pela fabricante de
material esportivo Umbro.
Com o negócio, que precisa ser
aprovado pelos acionistas da
empresa britânica, a patrocinadora da seleção brasileira espera superar a alemã Adidas na
disputa pela liderança do mercado de artigos para futebol.
A aquisição da Umbro, que
patrocina, entre outras equipes, a seleção inglesa, seria um
grande passo para a conquista
de mais espaço no setor.
Segundo estimativas do "Financial Times", a Adidas tem
35% do mercado de material
para futebol, a Nike, 32%, a
Umbro, 8%, e a Puma, 5%.
O também britânico "The Times" aponta números parecidos: a Adidas com 35%, a Nike
com 30% e a Umbro com 5%.
No pior desses cenários para a
companhia norte-americana,
ela ficaria empatada com a concorrente alemã.
A empresa americana entrou
firmemente no mercado de futebol em meados da década
passada e viu seu faturamento
com o esporte no período saltar
de US$ 40 milhões para os
atuais US$ 1,5 bilhão. Ela já disse que pretende superar a rival
Adidas até a Copa do Mundo de
2010, na África do Sul.
No último Mundial, no entanto, a Puma, com 12 seleções
patrocinadas, foi a marca que
mais estampou camisas no
evento na Alemanha. A seguir,
vieram Nike (com oito) e Adidas (com seis). Em 2002, Adidas e Nike detinham, juntas,
mais da metade dos 32 elencos.
A Puma apoiava apenas quatro.
O valor oferecido pela Nike,
de US$ 3,94 por ação da Umbro, é 61% superior ao preço
que os papéis da empresa britânica eram vendidos no final da
semana passada. O negócio,
que é a primeira aquisição da
Nike fora da América do Norte,
no entanto, ainda não pode ser
considerado fechado.
Especula-se que a Adidas
possa oferecer um valor ainda
maior pela companhia. E o negócio também pode emperrar
nas duas principais acionistas
da Umbro, a Sports Direct e a
JJB Sports, que são duas grandes redes varejistas de material
esportivo do Reino Unido. Elas
já demonstraram estar preocupadas com uma maior concentração do mercado na mão das
duas grandes marcas.
Um outro empecilho para o
negócio seria a federação inglesa de futebol, que, por uma
cláusula no contrato, poderia
deixar de vestir o material da
Umbro. Porém, ela já disse ser
favorável ao negócio. A camisa
da seleção inglesa é o principal
atrativo do portfólio da Umbro,
que, no Brasil, patrocina times
como Santos e Figueirense.
A Nike concordou em manter a marca Umbro e que a sede
da empresa continue no Reino
Unido. Além disso, ela disse
que a prioridade da Umbro
continuará a ser o futebol.
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