São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2008

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Oposição diz apoiar MP, que deve ser alterada no Congresso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A medida provisória 443, que permite ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal estatizarem bancos e empresas em dificuldades, deve ser alterada no Congresso para incluir mecanismos de controle e transparência das aquisições que forem feitas pelas estatais. A medida deve ser aprovada sem dificuldades, pois lideranças da oposição disseram apoiar a MP.
O mal-estar que ainda restava foi resolvido ontem. Criticado por oposição e governo por ter dado um depoimento no plenário da Câmara na terça-feira e não haver feito qualquer referência à MP publicada na quarta, o ministro Guido Mantega (Fazenda) fará uma visita aos deputados em um gesto de "desculpas" na próxima semana. "Será um gesto de respeito ao Parlamento. Vamos fazer [o encontro] para que a gente discuta o essencial e não fique nenhum tipo de mal-entendido", disse o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
A idéia é discutir a MP logo após a aprovação de uma outra medida também editada para combater a crise financeira, a que permite ao BC criar nova linha de socorro aos bancos, com votação marcada para a semana que vem. O prazo para apresentar emendas à MP 443 se encerra na próxima terça e a medida pode entrar na pauta da Câmara a partir do dia 5. Chinaglia diz que tentará um acordo para antecipar a votação.
A compra de bancos em dificuldades tem o apoio de grande parte da bancada tucana, já que facilitará a aquisição da Nossa Caixa (controlada pelo governo de São Paulo) pelo BB. Apesar das críticas, líderes do DEM admitem a necessidade de aprovar a MP para salvar instituições com problemas.


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