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Oposição diz apoiar MP, que deve ser alterada no Congresso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A medida provisória 443, que
permite ao Banco do Brasil e à
Caixa Econômica Federal estatizarem bancos e empresas em
dificuldades, deve ser alterada
no Congresso para incluir mecanismos de controle e transparência das aquisições que forem feitas pelas estatais. A medida deve ser aprovada sem dificuldades, pois lideranças da
oposição disseram apoiar a MP.
O mal-estar que ainda restava foi resolvido ontem. Criticado por oposição e governo por
ter dado um depoimento no
plenário da Câmara na terça-feira e não haver feito qualquer
referência à MP publicada na
quarta, o ministro Guido Mantega (Fazenda) fará uma visita
aos deputados em um gesto de
"desculpas" na próxima semana. "Será um gesto de respeito
ao Parlamento. Vamos fazer [o
encontro] para que a gente discuta o essencial e não fique nenhum tipo de mal-entendido",
disse o presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP).
A idéia é discutir a MP logo
após a aprovação de uma outra
medida também editada para
combater a crise financeira, a
que permite ao BC criar nova linha de socorro aos bancos, com
votação marcada para a semana que vem. O prazo para apresentar emendas à MP 443 se
encerra na próxima terça e a
medida pode entrar na pauta da
Câmara a partir do dia 5. Chinaglia diz que tentará um acordo para antecipar a votação.
A compra de bancos em dificuldades tem o apoio de grande
parte da bancada tucana, já que
facilitará a aquisição da Nossa
Caixa (controlada pelo governo
de São Paulo) pelo BB. Apesar
das críticas, líderes do DEM admitem a necessidade de aprovar a MP para salvar instituições com problemas.
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