O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou de vez a possibilidade de uma reforma da Previdência, na reunião de ontem para discutir as medidas que farão parte do pacote de incentivo à economia.
Lula interveio quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começou a apresentar algumas propostas para solucionar o problema do déficit previdenciário. Mantega iria defender a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria e a desvinculação do salário mínimo dos benefícios.
Foi a segunda vez que o presidente barrou a discussão sobre a reforma da Previdência. Na semana passada, durante a primeira reunião para discutir os rumos da economia, Lula interrompeu o início da apresentação de Bernard Appy, secretário de Política Econômica da Fazenda, que iria tratar exatamente sobre esse tema. Ontem, não foi diferente.
Appy é o maior defensor da reforma da Previdência dentro do governo.
Ao contrário da semana passada, Lula ficou mais satisfeito com a reunião de ontem. Considerou que houve avanços, ao serem apresentadas medidas de desoneração de impostos para incentivar setores com capacidade de alavancar o crescimento da economia, como é o caso da construção civil.
A reunião de ontem, que também contou com as participações dos ministros Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, Luiz Fernando Furlan e Luiz Marinho, aconteceu basicamente para mostrar o pacote econômico apresentado por Guido Mantega.
Como Lula tinha cobrado ousadia, Mantega deu o seguinte título ao documento apresentado por ele: "Ousar para crescer". Além disso, ilustrou o trabalho com a célebre frase "Não temos nada a temer, a não ser o próprio medo", de Franklin Roosevelt.

foco

Meta da B2W será o mercado internacional

Depois de conseguir a aprovação dos acionistas da operação de fusão da Americanas.com com o Submarino, o objetivo da B2W, a nova empresa, será expandir a área de atuação para o mercado internacional.
O presidente do Submarino e da nova empresa, Flávio Jansen, diz que, inicialmente, serão testados mercados menores, como a Argentina, para depois buscar maiores desafios, como os Estados Unidos. "Vamos primeiro tentar locais onde o varejo não está tão estabelecido ainda."
O objetivo, ao desembarcar em outros países, é atuar no varejo da mesma forma que no Brasil. Ou seja, com internet, venda por catálogo, TV etc. A grande vantagem, segundo Jansen, é a expertise que as duas empresas adquiriram nesses anos no varejo. "Nós hoje sabemos liderar pessoas", diz.
Jansen, 40, que está no Submarino desde a sua criação, em 1999, diz, no entanto, que a grande vantagem da fusão será mesmo a sinergia para ser mais agressivo no mercado de varejo.
Otimista, Jansen acha que não deverá encontrar problemas para convencer os acionistas do Submarino dos benefícios da fusão. A partir de agora, ele pretende se encontrar com vários deles para explicar a operação, antes da assembléia.
Serão muitos encontros, já que o maior acionista da empresa tem, no máximo, 10% do capital.

EM CIMA DO PALCO
Com dois anos de atuação, a Mondo Entretenimento -agência de marketing promocional e produção artística- vai fechar 2006 tendo recebido cerca de 700 mil pessoas nos eventos que produziu neste ano e com um crescimento de 200%. No currículo da empresa, há nomes como Jack Johnson, RBD, New Order, The Rasmus e Black Eyed Peas. Apesar de jovem, a Mondo é resultado de uma parceria entre dois empresários com experiência em entretenimento, Anne e William Crunfli e João Paulo Affonseca. "A intenção era ampliar o entretenimento e entrar na área promocional. O mercado corporativo reconheceu, e isso explica o crescimento exponencial", diz Afonsecca. Ele adianta que vai trazer Ben Harper, em janeiro de 2007. A empresa tem clientes como Medley, MasterCard, AmBev e Terra.

NOVOS NA BOLSA
Em relatório interno, o Bradesco antecipa os componentes que integrarão a nova carteira da Bovespa, de janeiro a abril de 2007. São três novas empresas: Cosan, com participação de 1,7%, Gol, com 0,9%, e Submarino, com 0,8%. Apenas a Cemig estaria deixando o índice.

CENTENA
A rede de fast food Bob's inaugura hoje sua centésima unidade em São Paulo, no shopping Fiesta.

CARGA TRIBUTÁRIA
O movimento Quero Mais Brasil participa, amanhã , da edição nacional do Feirão do Imposto. O evento, promovido pela Conaje (Confederação Nacional de Jovens Empresários), promove discussões sobre o peso da carga tributária no país. O primeiro foi realizado em Joinville (SC), em 2003. Em 2004, esteve presente em 65 cidades distribuídas por dez Estados. Neste ano, o objetivo é chegar a cem municípios e atingir meio milhão de pessoas.

ENGORDA
A operação brasiliera da Herbalife cresceu 13,6% no terceiro trimestre. As vendas líquidas locais foram de US$ 32,8 milhões. Nos nove primeiros meses do ano, a marca atingiu US$ 99,4 milhões em vendas líquidas.

APARTAMENTO
Os 60 apartamentos do primeiro empreendimento lançado pela Camargo Corrêa no litoral norte de SP foram vendidos em dois dias, no último fim de semana.

TOP NA ALDEIA
Gisele Bündchen e índios do Xingu, personagens da última campanha da Grendene, expandiram em 30% as vendas das sandálias Ipanema. A agência W/Brasil, que criou a campanha, já planeja a do ano que vem.

FEIRAS E EVENTOS
A indústria de feiras e eventos corporativos realiza, em SP, de 5 a 7 de dezembro, a Exposystems, que espera receber mais de 3.000 visitantes no ITM Expo.

UNIFICAÇÃO
Claudio Vaz abriu mão oficialmente, ontem, de concorrer à reeleição para a presidência do Ciesp em 2007. Em reunião da diretoria, ele propôs que a chapa do Ciesp às eleições de 2007 fosse encabeçada por Paulo Skaf, atual presidente da Fiesp. Os dois já vinham discutindo a reunificação das entidades desde março e, há algumas semanas, chegaram a um entendimento. Vaz diz que preferiu abrir mão da disputa pela reeleição para evitar que a indústria paulista se submeta ao desgaste de uma campanha com duas chapas.


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