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NATAL
Otimismo é maior entre os representantes dos shoppings
Comércio ainda tem incertezas sobre as vendas de fim de ano
ALESSANDRA FONTANA
da Reportagem local
Ontem, antevéspera do Natal,
ainda não havia uma posição
definida a respeito do crescimento (ou queda) nas vendas
do varejo para o período, em
comparação a 98.
A Federação do Comércio do
Estado de São Paulo (FCESP)
divulgou que o setor deve esperar queda de 3,3% em relação ao
ano passado. O resultado estaria
negativo para o segmento de
bens duráveis (-6,2%) e para o
comércio automotivo (-14,2%).
Segundo a FCESP, o único setor que apresentou crescimento
foi o de bens semi-duráveis
(1%). A queda nas vendas seria
resultado do menor poder de
compra da população.
Já a Alshop (Associação dos
Lojistas de Shopping do Estado
de São Paulo) estimou crescimento de 5% em suas vendas
em relação ao ano passado.
"Está havendo um recorde de
público nos shoppings", disse o
presidente da Alshop, Nabil
Sahyoun. Ele afirmou ainda que
esse resultado não é excelente,
mas há um crescimento.
Segundo a associação, nos três
últimos dias a movimentação
nos shoppings de São Paulo tem
sido equivalente à dos sábados,
considerada boa, porém não excepcional.
No comércio de rua, acontece
a mesma confusão. A gerente
Cláudia Barbieri, de uma loja da
rua Oscar Freire, reclama do
baixo movimento, enquanto a
gerente da loja vizinha celebra o
aumento nas vendas no mês de
dezembro.
As compras de última hora
são a esperança do comércio.
Marco Canto Porto, 33, estava
fazendo, ontem, suas primeiras
compras de Natal, na rua Oscar
Freire. "Estava sem tempo e
sempre deixo tudo para a última
hora", disse ele. "Espero encontrar tudo que preciso até amanhã."
A funcionária pública Solange
de Luiz Cogo, 42, deu a mesma
explicação para o atraso nas
compras. Ontem, ela estava numa loja do shopping Paulista
procurando brinquedos com a
cunhada e o sobrinho.
Na Associação Comercial de
São Paulo (ACSP), o clima é de
otimismo. "Não estamos crescendo tanto assim, mas, ao menos, as previsões negras que foram feitas no começo do ano
não se realizaram", diz Renato
Abucham, vice-presidente da
associação.
De acordo com a ACSP, as
consultas ao SPC (Sistema de
Proteção ao Crédito) aumentaram 0,3% em relação a dezembro do ano passado, configurando um empate nos resultados.
O número de consultas ao sistema serve como indicador das
vendas no comércio.
A gerente de marketing dos
shoppings West Plaza, Paulista
e Plaza Sul, Eleonora Pereira, e o
superintendente do Central Plaza Shopping, José Carlos Feitosa, também estão entre os que
confiam em bons resultados.
Segundo Feitosa, 75 mil pessoas passaram pelo Central Plaza ontem. "Não é possível que
toda essa gente tenha vindo só
passear."
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