São Paulo, Sexta-feira, 24 de Dezembro de 1999


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NATAL

Otimismo é maior entre os representantes dos shoppings

Comércio ainda tem incertezas sobre as vendas de fim de ano


ALESSANDRA FONTANA
da Reportagem local



Ontem, antevéspera do Natal, ainda não havia uma posição definida a respeito do crescimento (ou queda) nas vendas do varejo para o período, em comparação a 98.
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FCESP) divulgou que o setor deve esperar queda de 3,3% em relação ao ano passado. O resultado estaria negativo para o segmento de bens duráveis (-6,2%) e para o comércio automotivo (-14,2%).
Segundo a FCESP, o único setor que apresentou crescimento foi o de bens semi-duráveis (1%). A queda nas vendas seria resultado do menor poder de compra da população.
Já a Alshop (Associação dos Lojistas de Shopping do Estado de São Paulo) estimou crescimento de 5% em suas vendas em relação ao ano passado.
"Está havendo um recorde de público nos shoppings", disse o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Ele afirmou ainda que esse resultado não é excelente, mas há um crescimento.
Segundo a associação, nos três últimos dias a movimentação nos shoppings de São Paulo tem sido equivalente à dos sábados, considerada boa, porém não excepcional.
No comércio de rua, acontece a mesma confusão. A gerente Cláudia Barbieri, de uma loja da rua Oscar Freire, reclama do baixo movimento, enquanto a gerente da loja vizinha celebra o aumento nas vendas no mês de dezembro.
As compras de última hora são a esperança do comércio.
Marco Canto Porto, 33, estava fazendo, ontem, suas primeiras compras de Natal, na rua Oscar Freire. "Estava sem tempo e sempre deixo tudo para a última hora", disse ele. "Espero encontrar tudo que preciso até amanhã."
A funcionária pública Solange de Luiz Cogo, 42, deu a mesma explicação para o atraso nas compras. Ontem, ela estava numa loja do shopping Paulista procurando brinquedos com a cunhada e o sobrinho.
Na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o clima é de otimismo. "Não estamos crescendo tanto assim, mas, ao menos, as previsões negras que foram feitas no começo do ano não se realizaram", diz Renato Abucham, vice-presidente da associação.
De acordo com a ACSP, as consultas ao SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) aumentaram 0,3% em relação a dezembro do ano passado, configurando um empate nos resultados.
O número de consultas ao sistema serve como indicador das vendas no comércio.
A gerente de marketing dos shoppings West Plaza, Paulista e Plaza Sul, Eleonora Pereira, e o superintendente do Central Plaza Shopping, José Carlos Feitosa, também estão entre os que confiam em bons resultados.
Segundo Feitosa, 75 mil pessoas passaram pelo Central Plaza ontem. "Não é possível que toda essa gente tenha vindo só passear."



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