DA REDAÇÃO

Os consumidores norte-americanos, cujos gastos representam dois terços da economia dos EUA, deram novos sinais de que poderão manter as carteiras abertas, o que evitaria que o país viva um novo ciclo recessivo.
O consumo da população cresceu 0,5% no mês passado, o maior ganho em quatro meses, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA. O total anualizado dos gastos chegou a US$ 7,413 trilhões. No mês anterior, ocorrera um avanço de 0,4%.
Ainda de acordo com o Departamento de Comércio, a renda cresceu 0,3% em novembro, o quarto mês seguido de avanço. Os sucessivos aumentos da renda têm possibilitado a manutenção do elevado nível de consumo norte-americano, mesmo com o aumento do desemprego.
Em um outro bom indicador, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan voltou a crescer neste mês, atingindo 86,7 pontos. No mês passado, o indicador tinha ficado em 84,2 pontos e, em outubro, o índice caíra ao seu menor nível dos últimos nove anos (80,6 pontos).
Mas os varejistas não estão animados com as vendas de final de ano. De acordo com os comerciantes, o movimento tem ficado abaixo das expectativas, a despeito das promoções e dos descontos que estão sendo oferecidos.
Para alguns economistas, o atual nível de consumo do país pode se tornar insustentável caso não haja uma recuperação do mercado de trabalho. O alto endividamento da população ameaça provocar uma ajuste nos gastos, o que atingiria as vendas.