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Estudo diz que instituições podem cortar taxas e manter as receitas
DA REPORTAGEM LOCAL
Mantido o atual ritmo de expansão do crédito, os bancos
podem reduzir em pouco mais
de um terço a massa de juros
cobrados em até dois anos sem
perder um centavo no atual nível de suas receitas, segundo a
Austin Rating.
A mudança levaria os juros
médios ao consumidor final
dos atuais 42,1% ao ano para
31,6%, o que estimularia forte
expansão no crédito. Para a
Austin, a diferença entre os juros captados e os repassados ao
consumidor -o "spread"- cairia dos atuais 34,5 pontos percentuais para 22,6 pontos.
Para fechar a conta, basta os
bancos ganharem escala suficiente no varejo para compensarem a receita que em tese
perderiam com juros menores.
De acordo com a Austin, com
uma expansão de 45% na atual
carteira de crédito, hoje em R$
880,8 bilhões, os bancos manteriam suas receitas anuais
com intermediação financeira
no atual nível de R$ 370,81 bilhões, corrigido pelo IPCA.
Com um crescimento anual
entre 20% e 25%, o crédito brasileiro deve saltar facilmente
em até dois anos esses 45% e
atingir R$ 1,277 trilhão. Nas
projeções, a Austin conta com
um cenário de inflação controlada, com IPCA de 3,9% ao ano,
um crescimento do PIB de 5% e
os juros Selic em 9% até 2009.
Os bancos também concordam que o caminho para fazer o
crédito decolar no país é trocar
margem de lucro por volume.
"Quanto mais operações você faz, mais o "spread" baixa. O
volume mantém a rentabilidade. Os países com volume de
crédito alto -como o Japão,
onde os juros são de 0,25%-
têm uma rentabilidade maior
do que no Brasil. Para reduzir o
"spread", temos de diminuir a
carga tributária, adotar o cadastro positivo para controlar a
inadimplência e reduzir os
compulsórios", afirmou Ademiro Vian, assessor técnico da
Febraban.
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