São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

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Para Serra, redução menor contradiz PAC

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou a decisão do Copom de cortar os juros em apenas 0,25 ponto percentual. Para o governador, a redução menor na Selic é "absolutamente contraditória com as intenções do governo de promover um maior crescimento da economia" e "reduz muito o significado do PAC".
Serra diz não haver pressão inflacionária que justifique o nível atual dos juros e que "estão sendo cometidos erros crassos de economia, de desconhecimento de análise econômica".
Na segunda, ao comentar o anúncio do PAC, Serra havia dito que estimular o crescimento não é apenas apresentar um plano mas também a decisão sobre os juros.
Leia o comentário de Serra sobre a decisão do BC:
"A medida do governo em relação aos juros é absolutamente contraditória com as intenções de promover um maior crescimento da economia. Reduz muito o significado do PAC.
É preciso compreender que não faltam recursos privados para investimentos no Brasil de hoje, o que falta são perspectivas de rentabilidade. Tanto é assim que os capitais brasileiros estão migrando para o exterior, criando empregos lá fora. A principal razão é a taxa de juros sideral, a mais alta do mundo em termos reais, e sua contrapartida, a hipervalorização cambial.
Não há pressões inflacionárias no Brasil que justifiquem essa taxa de juros. Pelo contrário, a inflação é declinante e não se aqueceria diante de juros menores.
A decisão não foi "técnica'; foi errada. Estão sendo cometidos erros crassos de economia, de desconhecimento de análise econômica. O Brasil sofre com isso. Precisa reaprender o que significa economia de mercado. Enquanto a China vai aprendendo e se desenvolve, o Brasil parece que vai desaprendendo e se subdesenvolve".


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