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Para Serra, redução menor contradiz PAC
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou a decisão do Copom de
cortar os juros em apenas
0,25 ponto percentual. Para
o governador, a redução menor na Selic é "absolutamente contraditória com as intenções do governo de promover um maior crescimento da economia" e "reduz
muito o significado do PAC".
Serra diz não haver pressão inflacionária que justifique o nível atual dos juros e
que "estão sendo cometidos
erros crassos de economia,
de desconhecimento de análise econômica".
Na segunda, ao comentar o
anúncio do PAC, Serra havia
dito que estimular o crescimento não é apenas apresentar um plano mas também a
decisão sobre os juros.
Leia o comentário de Serra
sobre a decisão do BC:
"A medida do governo em
relação aos juros é absolutamente contraditória com as
intenções de promover um
maior crescimento da economia. Reduz muito o significado do PAC.
É preciso compreender
que não faltam recursos privados para investimentos no
Brasil de hoje, o que falta são
perspectivas de rentabilidade. Tanto é assim que os capitais brasileiros estão migrando para o exterior,
criando empregos lá fora. A
principal razão é a taxa de juros sideral, a mais alta do
mundo em termos reais, e
sua contrapartida, a hipervalorização cambial.
Não há pressões inflacionárias no Brasil que justifiquem essa taxa de juros. Pelo
contrário, a inflação é declinante e não se aqueceria
diante de juros menores.
A decisão não foi "técnica';
foi errada. Estão sendo cometidos erros crassos de
economia, de desconhecimento de análise econômica.
O Brasil sofre com isso. Precisa reaprender o que significa economia de mercado.
Enquanto a China vai aprendendo e se desenvolve, o Brasil parece que vai desaprendendo e se subdesenvolve".
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