São Paulo, terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Milho para os japoneses Os japoneses, os maiores importadores mundiais de milho -demanda de 16 milhões de toneladas-, começam a fechar os primeiros negócios no Brasil. As compras iniciais somaram 16 mil toneladas. Tolerância zero Os japoneses, que importam dos Estados Unidos 90% do milho que necessitam, escolheram o mercado brasileiro porque o governo japonês exige tolerância zero do milho modificado Starlink nas importações. A partir de abril, a tolerância sobe para 1%. Parte dos navios de transporte ainda continuam contaminados com Starlink, segundo uma trading japonesa. Pressão menor Os preços pagos aos produtores paulistas continuam elevados, mas com pressão menor do que na semana anterior, conforme pesquisa do Instituto de Economia Agrícola. Nos últimos 30 dias, os preços subiram 3,71%. A pesquisa anterior tinha registrado alta de 6,15%. Quarta semana Os preços, após queda na primeira quinzena de janeiro, voltaram a subir e já acumulam a quarta alta seguida. Apenas três baixas foram registradas nos últimos 30 dias: banana (0,43%), soja (1,50%) e milho (8,84%). Batata (33,06%) e tomate (59,57%) lideraram as altas no período. O IEA acompanha preços de 19 produtos. Chineses no Brasil Está no Brasil uma missão chinesa para ampliar negócios. Carnes e sucos estão na agenda. Em janeiro, outra missão esteve aqui para conhecer a produção de soja. Avanço das oleaginosas Pelo menos 56% da área destinada a grãos na Argentina já é dominada por soja e girassol. No ano passado eram 51%. A área de soja, a maior da história no país, e que aumentou 8% neste ano, foi a 12,6 milhões de hectares. Já a de girassol é de 2,4 milhões, e aumentou 15%. Milho e trigo perdem Os bons preços das oleaginosas derrubaram as áreas de outros grãos. A área de milho para grãos cai para 2,33 milhões de hectares, com produção de 14,5 milhões de toneladas. Já a de trigo recuou para 5,9 milhões de hectares, com produção de 12,5 milhões de toneladas. Vendas de soja As exportações de soja rendem pelo menos US$ 9,6 milhões por dia neste mês, segundo dados da Secex. Esse valor é 40% superior ao de janeiro de 2002. O Brasil aproveita os bons momentos dos preços no mercado externo e já negociou 45% do volume previsto para ser exportado neste ano. Saldo bom As exportações deste início de ano mostram que o Brasil deverá ter um bom saldo comercial no agronegócio. Além da soja, as exportações de carnes também superam em 23% as do ano passado, enquanto as de café estão 59% acima. Dia de quedas À exceção do cacau, todos as principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil tiveram queda ontem no mercado externo. O café recuou 2,6%. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Dólar cai com medidas do Banco Central Próximo Texto: Dívida externa: México poderá adotar "cláusula de calote" Índice |
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