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LEITE DERRAMADO
Subsidiária norte-americana, uma das principais do grupo italiano, busca se proteger de credores
Parmalat dos EUA entra com pedido de concordata na Justiça
DA REDAÇÃO
A unidade norte-americana da
Parmalat, uma das principais
subsidiárias do grupo alimentício
italiano no mundo, entrou ontem
com pedido de concordata sob o
capítulo 11 da lei de falências dos
EUA. Se aprovada a solicitação na
Corte de Falências do Distrito Sul
de Nova York, a empresa poderá
implementar um plano de reestruturação protegida pela Justiça
de ações de credores.
A matriz na Itália foi declarada
insolvente no fim de dezembro. Já
as unidades do grupo no Brasil
entraram com o pedido de concordata em 28 de janeiro.
A solicitação foi apresentada
pela Parmalat USA Corp. e por
suas subsidiárias no país, a Farmland Dairies e a Milk Products of
Alabama. As companhias processam o leite, empacotam e vendem
a supermercados e ao varejo.
A unidade, que não citou problemas específicos com dívidas
ou ativos, disse que continuará a
operar normalmente e que o colapso da matriz afetou sua liqüidez. Na Itália, o grupo disse que os
objetivos são evitar eventuais distúrbios operacionais ou financeiros que resultem de mudanças
pedidas por fornecedores nas
condições de pagamento, assegurar o financiamento para cobrir
os negócios correntes e facilitar a
análise de alternativas para a subsidiária, que inclui até a venda.
A Farmland Dairies e a Milk
Products of Alabama disseram
que já receberam cartas de interessados em comprar seus ativos.
A unidade norte-americana da
Parmalat emprega cerca de 1.270
pessoas e compra o leite de 500 fazendas, a maioria familiar. Mas
outras 350 haviam interrompido
o fornecimento no fim de janeiro,
após a empresa ter atrasado o pagamento em um ou dois dias.
Segundo a solicitação da concordata, a empresa tem US$ 414,4
milhões em ativos e dívidas de
US$ 316,5 milhões nos EUA.
Para efeito de comparação, a
Parmalat brasileira possui R$ 554
milhões em ativos e R$ 828 milhões em passivos no país, segundo disse no início do mês Alpoim
da Silva, representante do Comitê
de Fiscalização da Parmalat (nomeado pela Justiça). Ela emprega
cerca de 6.000 pessoas.
As três empresas, que tiveram
perdas de US$ 12,5 milhões e faturamento de US$ 577,5 milhões em
2003, ainda aguardam a aprovação de um financiamento de US$
35 milhões da General Electric para ajudar na reorganização.
Com agências internacionais
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