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MERCADO FINANCEIRO
Rumores sobre saída de Dirceu levam Bovespa à 4ª queda seguida; moeda dos EUA vai a R$ 2,93
Turbulência política afeta Bolsa, e dólar sobe
DA REPORTAGEM LOCAL
Não bastasse a maior aversão
ao risco por parte dos investidores estrangeiros, o que tem prejudicado os ativos brasileiros, o
mercado mostra cada vez mais
desconforto com os seguidos ruídos políticos. A Bolsa paulista recuou pelo quarto pregão consecutivo e fechou ontem com perdas
de 1,04%.
O principal tema discutido ontem nas mesas de operações das
instituições financeiras era a força
que o ministro da Casa Civil, José
Dirceu, ainda tem para se manter
no cargo. Chegou-se a comentar
que Dirceu já havia pedido demissão do posto.
No exterior, a venda de títulos
da dívida de emergentes voltou a
ocorrer. O movimento levou o
risco-país brasileiro a registrar, às
19h30, elevação de 3,96%, para
578 pontos. Os papéis da dívida
do Brasil mais negociados, os C-Bonds, recuaram 1,34%, para US$
0,9625.
Ontem a Bolsa de Valores de
São Paulo divulgou o balanço dos
investimentos estrangeiros. Neste
mês, as vendas de ações com recursos de estrangeiros superam
as compras, até o dia 19, em R$
47,9 milhões.
Essa virada negativa se deu nos
últimos dias. Até o dia 10, esse saldo era positivo em R$ 49 milhões.
Ou seja, foi nas últimas duas semanas que os estrangeiros começaram a sair da Bolsa.
O discurso do novo líder do
grupo militante palestino Hamas
fez aumentar o temor dos investidores em relação a futuros ataques terroristas.
Desconforto
O dólar não reagiu de forma diferente e fechou com valorização
de 0,51%. A moeda encerrou vendida a R$ 2,93.
Os negócios na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) foram
bastante agitados, com as taxas
dos contratos de juros fechando
pressionadas. O número de contratos DI (juro praticado entre os
bancos) saltou 70%, para 610 mil.
Hoje o Banco Central divulga
ata da última reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária), o
que deve trazer ainda mais movimentação ao mercado.
A taxa do contrato DI com prazo de vencimento em janeiro, o de
maior negociação, subiu de
15,14% para 15,35%. No papel
com vencimento em julho, a taxa
foi de 15,62% para 15,75%.
(FABRICIO VIEIRA)
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