São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2004

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Emissoras de TV divergem sobre uso de recursos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A sessão da Comissão de Educação do Senado que discutiu o socorro do BNDES ao setor de comunicação abrigou uma série de controvérsias entre os representantes das principais emissoras privadas de TV aberta do país.
De um lado, Record, SBT e Rede TV! criticaram o uso dos recursos para o pagamento de dívidas anteriores, argumentando que novos investimentos deveriam ser privilegiados. Já a Globo e a Bandeirantes -com o apoio do vice-presidente do BNDES, Darc Costa- discordaram.
O presidente do SBT, Luiz Sandoval, foi incisivo ao vincular a operação aos interesses das Organizações Globo: "O que se quer é arrumar um jeito de solucionar uma grande dívida de uma outra empresa pertencente à Globo, a Globo Cabo, da qual o BNDES, estranhamente, é acionista", disse.
Evandro Guimarães, vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo, rebateu o que chamou de "provocações". "Posso tranqüilizar os senhores [...] Nós não estamos contando absolutamente com o dinheiro do BNDES para pagar dívida", disse.
Ele apontou que a proposta da linha de crédito não foi iniciativa de sua empresa, mas das principais entidades do setor.
Costa minimizou a importância da discussão sobre a destinação do dinheiro para investimentos ou dívidas. O setor precisa de crédito, disse, e ambas as modalidades se encaixam nesse critério.


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