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SOCORRO
Prazo final para governo definir renovação ou não do acordo termina no dia 31; Fundo volta a apontar "políticas sólidas" no país
Decisão sobre FMI fica para a próxima semana
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A decisão de renovar ou não o
acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) será tomada
praticamente no final do prazo
que o governo brasileiro tem para
fazer a opção. Questionado ontem sobre o assunto, o ministro
Antonio Palocci Filho (Fazenda),
disse que somente falará sobre o
FMI na "semana que vem".
O prazo do atual acordo vence
no dia 31 de março, próxima
quinta-feira. Se o governo optar
pela renovação, precisa avisar ao
Fundo até essa data. Recentemente, o FMI aprovou a décima e última revisão do acordo com o país.
Ontem, o porta-voz do Fundo,
Thomas Dawson, confirmou a
jornalistas em Washington que
não recebeu nenhuma definição
por parte do programa brasileiro.
"Claramente o programa e as
políticas têm sido bastante sólidas, e acreditamos que dêem a
oportunidade para as autoridades
prosseguirem adiante com as reformas estruturais para que estas
possam transformar o crescimento cíclico atual num padrão de
longo prazo", afirmou o porta-voz do Fundo, durante encontro
regular com repórteres.
"Como o Fundo ajudará nesse
sentido, se no contexto de um
programa ou no de um relacionamento pós-programa, é uma decisão fundamentalmente das autoridades [brasileiras]. Nós estamos em contato com elas e esperamos ouvir a decisão em breve",
disse Dawson.
O contrato com o Fundo, fechado em setembro de 2002, disponibilizou ao país US$ 42,1 bilhões.
Desse valor, o Brasil sacou apenas
US$ 26,4 bilhões. Inicialmente o
acordo vencia em dezembro de
2003, mas foi renovado até este
mês. Pelo acordo, o governo brasileiro se comprometeu a ter superávit primário de 4,25% do PIB
(Produto Interno Bruto, soma das
riquezas de um país).
Argentina
Dawson também afirmou que o
FMI não está pedindo à Argentina que reabra a operação de troca
da dívida com credores encerrada
em fevereiro. "Isso não é algo que
nós pediríamos", disse. "Essa é
uma questão em que alguns credores, tanto oficiais como privados, estão interessados, (mas) as
autoridades já deixaram claro a
posição". A Argentina tem reiterado que não fará novas ofertas.
Colaborou Fabiano Maisonnave,
de Washington
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