São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2005

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SOCORRO

Prazo final para governo definir renovação ou não do acordo termina no dia 31; Fundo volta a apontar "políticas sólidas" no país

Decisão sobre FMI fica para a próxima semana

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A decisão de renovar ou não o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) será tomada praticamente no final do prazo que o governo brasileiro tem para fazer a opção. Questionado ontem sobre o assunto, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), disse que somente falará sobre o FMI na "semana que vem".
O prazo do atual acordo vence no dia 31 de março, próxima quinta-feira. Se o governo optar pela renovação, precisa avisar ao Fundo até essa data. Recentemente, o FMI aprovou a décima e última revisão do acordo com o país.
Ontem, o porta-voz do Fundo, Thomas Dawson, confirmou a jornalistas em Washington que não recebeu nenhuma definição por parte do programa brasileiro.
"Claramente o programa e as políticas têm sido bastante sólidas, e acreditamos que dêem a oportunidade para as autoridades prosseguirem adiante com as reformas estruturais para que estas possam transformar o crescimento cíclico atual num padrão de longo prazo", afirmou o porta-voz do Fundo, durante encontro regular com repórteres.
"Como o Fundo ajudará nesse sentido, se no contexto de um programa ou no de um relacionamento pós-programa, é uma decisão fundamentalmente das autoridades [brasileiras]. Nós estamos em contato com elas e esperamos ouvir a decisão em breve", disse Dawson.
O contrato com o Fundo, fechado em setembro de 2002, disponibilizou ao país US$ 42,1 bilhões. Desse valor, o Brasil sacou apenas US$ 26,4 bilhões. Inicialmente o acordo vencia em dezembro de 2003, mas foi renovado até este mês. Pelo acordo, o governo brasileiro se comprometeu a ter superávit primário de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas de um país).

Argentina
Dawson também afirmou que o FMI não está pedindo à Argentina que reabra a operação de troca da dívida com credores encerrada em fevereiro. "Isso não é algo que nós pediríamos", disse. "Essa é uma questão em que alguns credores, tanto oficiais como privados, estão interessados, (mas) as autoridades já deixaram claro a posição". A Argentina tem reiterado que não fará novas ofertas.


Colaborou Fabiano Maisonnave, de Washington


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