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Remessas recuam 57% e reduzem déficit externo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de estarem entre os
setores mais atingidos pela
crise, montadoras de automóveis e instituições financeiras continuam liderando
a lista dos que mais enviam
lucros e dividendos para o
exterior. Juntos, esses dois
segmentos enviaram US$
536 milhões para as matrizes
entre janeiro e fevereiro deste ano -28% do total de remessas feitas no período.
Na comparação com 2008,
porém, há uma queda. Nos
dois primeiros meses do ano
passado, esses dois setores
enviaram US$ 1,3 bilhão para
o exterior, o que na época
correspondeu a 31% do total.
Mesmo com bancos e
montadoras se mantendo
entre as empresas que mais
enviam lucros para fora do
Brasil, no geral se observa
uma queda nesse tipo de remessa em praticamente todos os setores. Entre janeiro
e fevereiro deste ano, as multinacionais instaladas no
país mandaram US$ 1,9 bilhão para o exterior, um recuo de 57% em relação ao
mesmo período de 2008.
A queda ajudou a reduzir o
déficit em transações correntes do país. Essa conta,
que inclui toda a negociação
de bens e serviços com outros países, ficou negativa em
US$ 3,3 bilhões no primeiro
bimestre de 2009, 43% menos do que no ano passado.
Esse recuo reflete o impacto que a desaceleração da
economia tem sobre as contas externas, já que, com o
país crescendo menos, as
empresas também lucram
menos e, consequentemente, apuram ganhos menores
para enviar a suas matrizes.
Diante dos números, o BC
reduziu de US$ 25 bilhões
para US$ 16 bilhões a projeção para o déficit em transações correntes deste ano. Para o chefe do Departamento
Econômico da instituição,
Altamir Lopes, a revisão é
importante porque indica
que o país precisará atrair
menos capital estrangeiro
para financiar seu déficit.
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