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Bancos encabeçam lista de investimento em cultura
50% das instituições que responderam a pesquisa do Gife põem dinheiro na área
Recebem mais verba que o setor cultural a educação e o desenvolvimento para as
comunidades; associados investiram R$ 1 bi em 2005
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos dez maiores investidores
privados em projetos culturais,
cinco são bancos, segundo números divulgados pelo Gife
(Grupo de Institutos Fundações e Empresas) com base em
dados do Ministério da Cultura. No ranking estão Bradesco,
Banco do Brasil, Banco do Estado do Paraná, Itaú e Unibanco.
Além das instituições financeiras, fazem parte da lista três
siderúrgicas (Gerdau, Usiminas e Vale do Rio Doce), a Petrobras e a Eletrobrás.
A entidade, que reúne 101 investidores sociais privados no
Brasil, participou ontem em
São Paulo do lançamento do
Fórum de Investidores Privados em Cultura.
Segundo o Gife, 50% dos 68
institutos, fundações e empresas associados à entidade que
responderam a uma pesquisa
feita pela entidade referente a
2005 investem na área de cultura e artes. Desse total, 20 executam projetos próprios, 10 financiam projetos de terceiros e
4 tanto executam seus próprios
projetos quanto financiam os
de terceiros.
No total, as empresas associadas à entidade investiram,
em várias áreas, R$ 1 bilhão em
2005. Os investimentos em
cultura aparecem em terceiro
lugar, atrás de educação e desenvolvimento comunitário.
A entidade apresentou ontem uma espécie de perfil dos
projetos de investimentos privados em cultura. No total, em
2005 foram desenvolvidos 232
deles: 25, a maior parte, de oficinas culturais, 22 de promoção de eventos e 21 de implantação de espaços culturais e bibliotecas, entre outros.
Em relação à área de atuação,
o investimento foi principalmente em peças teatrais (8 projetos), doações de materiais (6),
patrocínio de produções cinematográficas ou de vídeo (6) e
concessão de bolsas de estudo
(5), entre outros.
A maioria dos projetos detectados pela pesquisa visou atingir a faixa etária entre 15 e 17
anos. "Os números mostram
que o investimento em cultura
é focado nos jovens, ao mesmo
tempo que vem sendo alinhado
com a educação, o que é um
amadurecimento do setor", diz
Fernando Rossetti, do Gife.
Segundo ele, a grande quantidade de projetos próprios revela que o perfil de investimento privado no país tende a ser
vinculado à imagem da empresa. "Hoje há uma busca por
equilíbrio entre investimentos
privados, que são vinculados à
marca, e interesses públicos."
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