São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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MERCADO FINANCEIRO

Concorrentes tentam barrar a fusão Barclays-ABN Amro

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancos RBS (Royal Bank of Scotland), Santander e Fortis estudam uma forma de barrar a venda do ABN Amro para o Barclays. Os três argumentam que a fusão desrespeita o interesse dos acionistas, uma vez que estariam dispostos a pagar 10% a mais pelas ações. Os bancos rivais dizem que sequer tiveram a oportunidade de apresentar as propostas.
A VEB (associação de acionistas holandeses) afirmou que seguirá com sua campanha para que outros bancos façam ofertas pelo ABN.
O fundo britânico TCI, que detém 1% do ABN, questionou a venda do banco LaSalle para o Bank of America, nos EUA. O fundo afirma achar estranho o ABN ter fixado uma multa de US$ 200 milhões caso o Bank of America desista do LaSalle. Para o fundo, o valor é alto demais e impediria uma segunda investida dos concorrentes.
O ABN afirmou que a multa decorre do valor do negócio, de US$ 21 bilhões. A fusão Barclays-ABN está condicionada à venda do LaSalle.
Ontem, as ações do ABN tiveram baixa de mais 2,1% e as do Barclays, de 2,8%. A desvalorização dos papéis torna o negócio mais barato para ambos os bancos.
Os acionistas do ABN reclamam ainda de que não terão a oportunidade de votar a venda do LaSalle, já que o negócio envolve menos de um terço do banco. A proposta de fusão será analisada, mas não votada na reunião anual de acionistas de amanhã.

Bancários

No Brasil, o Sindicato dos Bancários pediu reunião com a direção do ABN Real para saber dos planos do Barclays para o Brasil, mas ainda não obteve resposta.
O sindicato teme demissões no Brasil -os bancos planejam demitir 10% dos funcionários no mundo.
Anteontem, o presidente do ABN Real, Fábio Barbosa, disse que não haverá demissões no Brasil, pois não há sobreposição de funcionários. Os bancários se reuniram com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e prometem protesto nesta semana.


Com agências internacionais

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