São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Apesar de queda, Bolsa soma alta de 7% no mês

Dólar cai a R$ 2,036, e BC deve ter atuação menos previsível

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo recuou pelo segundo dia consecutivo. Mas essa recente realização de lucros não estragou a festa de quem apostou na Bolsa neste mês: a valorização acumulada em abril é de 7,13%.
Nas primeiras horas de pregão, sob o impacto de dados negativos do setor imobiliário americano, a Bovespa chegou a marcar queda de 1,14%. Mas a melhora do mercado acionário dos EUA ajudou a Bolsa paulista a diminuir suas perdas, fechando com baixa de 0,19%.
Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou com alta de 0,27%, empurrado por resultados corporativos. O Dow Jones encerrou ontem aos 12.953 pontos. Se subir 0,36% hoje, alcançará pela primeira vez em sua história os 13.000 pontos.
O principal destaque em Nova York ficou com as ações da IBM, que subiram 3,5% embaladas pelo anúncio de que a companhia elevou em 33% seu dividendo trimestral.
O mercado não conseguiu ter resultados melhores ontem devido à divulgação de que a venda de moradias usadas nos EUA teve queda de 8,4% em março em relação ao mês anterior -queda mais expressiva desde janeiro de 1989.
O dado mostra a economia mais desaquecida que o desejado. Se outros números ratificarem desaceleração acima do projetado na maior economia do mundo, o Fed (banco central dos EUA) pode acabar por reduzir os juros do país.

Atuação imprevisível
O Banco Central decidiu deixar ainda mais imprevisível sua atuação no câmbio. Agora passará a deixar de ligar para os "dealers" -bancos habilitados para operar com o BC- antes de divulgar comunicados sobre a realização de leilões de "swap cambial reverso".
Há cerca de dez dias, o BC já havia anunciado que não avisaria mais, com pelo menos um dia de antecedência, o mercado quando fosse ofertar "swap cambial reverso". A colocação desses títulos favorece a alta do dólar no mercado futuro e acaba por ajudar a deter a apreciação do real no mercado à vista.
Nos últimos dias, o BC vendeu aproximadamente US$ 1 bilhão desses contratos. Mas a moeda segue em seus mais baixos níveis dos últimos seis anos. Ontem o dólar caiu 0,05%, a R$ 2,036. No mês, a divisa tem queda de 1,17%.


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