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Apesar de queda, Bolsa soma alta de 7% no mês
Dólar cai a R$ 2,036, e BC deve ter atuação menos previsível
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo recuou pelo segundo dia
consecutivo. Mas essa recente
realização de lucros não estragou a festa de quem apostou na
Bolsa neste mês: a valorização
acumulada em abril é de 7,13%.
Nas primeiras horas de pregão, sob o impacto de dados negativos do setor imobiliário
americano, a Bovespa chegou a
marcar queda de 1,14%. Mas a
melhora do mercado acionário
dos EUA ajudou a Bolsa paulista a diminuir suas perdas, fechando com baixa de 0,19%.
Em Wall Street, o índice Dow
Jones encerrou com alta de
0,27%, empurrado por resultados corporativos. O Dow Jones
encerrou ontem aos 12.953
pontos. Se subir 0,36% hoje, alcançará pela primeira vez em
sua história os 13.000 pontos.
O principal destaque em Nova York ficou com as ações da
IBM, que subiram 3,5% embaladas pelo anúncio de que a
companhia elevou em 33% seu
dividendo trimestral.
O mercado não conseguiu ter
resultados melhores ontem devido à divulgação de que a venda de moradias usadas nos EUA
teve queda de 8,4% em março
em relação ao mês anterior
-queda mais expressiva desde
janeiro de 1989.
O dado mostra a economia
mais desaquecida que o desejado. Se outros números ratificarem desaceleração acima do
projetado na maior economia
do mundo, o Fed (banco central dos EUA) pode acabar por
reduzir os juros do país.
Atuação imprevisível
O Banco Central decidiu deixar ainda mais imprevisível sua
atuação no câmbio. Agora passará a deixar de ligar para os
"dealers" -bancos habilitados
para operar com o BC- antes
de divulgar comunicados sobre
a realização de leilões de "swap
cambial reverso".
Há cerca de dez dias, o BC já
havia anunciado que não avisaria mais, com pelo menos um
dia de antecedência, o mercado
quando fosse ofertar "swap
cambial reverso". A colocação
desses títulos favorece a alta do
dólar no mercado futuro e acaba por ajudar a deter a apreciação do real no mercado à vista.
Nos últimos dias, o BC vendeu aproximadamente US$ 1
bilhão desses contratos. Mas a
moeda segue em seus mais baixos níveis dos últimos seis
anos. Ontem o dólar caiu
0,05%, a R$ 2,036. No mês, a divisa tem queda de 1,17%.
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